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25 de março de 2010

Quinta de Dinis de Cima (porta de entrada)

Rua de Major Dinis - freguesia de Couto, Stº. Tirso 

Brasão a seguinte leitura:
Formato -  Plena 
Leitura - Miranda
Escudo Português ou boleado, 
com elmo invertido virado à esquerda, com paquife e timbre de Correia.


História da Casa:
Casa e Quinta de Dinis de Cima - Couto (Santa Cristina) - Santo Tirso

Situada na freguesia de Couto (Santa Cristina), a Casa de Dinis de Cima, envolta pela quinta à qual pertence, desenvolve-se numa planta em forma de U, que articula os dois volumes de maior destaque: os torreões.
As informações disponíveis sobre este imóvel não permitem concluir se esta é uma edificação de raiz, ou se, pelo contrário, radica numa construção medieval, profundamente alterada pela campanha do séc. XVIII. Na verdade, as denominadas casa-torre constituíram o modelo preferencial da habitação nobre na época medieval, onde este género de plano, com duas torres unidas por um corpo,foram uma das variantes adoptada e da qual restam alguns exemplos.
Esta planimetria foi, posteriormente, recuperada pela arquitectura setecentista que, muitas vezes, reedificou as torres originais. Na Casa de Dinis de Cima, e apesar da compartimentação dos alçados por pilastras, estes volumes conservam uma alusão militar, de função apenas decorativa, bem presente nas ameias que rematam quer as torres quer o volume que as une. O próprio portal em ogiva que se abre no muro evoca, também, a linguagem medieval. Menos próprio da época, são os muitos vãos que rasgam estes corpos, com molduras de cantaria de configuração diferenciada.
Assim, e sem abandonar totalmente a possibilidade de aqui ter existido uma outra edificação, bem anterior, certo é, que ela foi profundamente alterada no séc. XVIII. As fachadas do pátio e dos corpos laterais contrastam vivamente com a imagem fortificada observada, ao apresentar um desenvolvimento mais depurado. No alçado mais longo, ganha especial importância a capela, a porta principal, bem  como o conjunto formado pelo brasão de armas dos Correia Miranda (com certeza, a família proprietária do imóvel) e a fonte. O brasão ocupa um lugar de destaque, ao elevar a cornija, que forma um semicirculo. Por baixo, abre-se uma janela, e no plano térreo, encontra-se a fonte, de tanque rectangular, com espaldar decorado. Duas pilastras encimadas por pináculos, ladeiam a estrutura central, com a bica e, sobre a cornik«ja, um nicho flanqueado por volutas é rematado por frontão curvo.
No interior, bastante alterado, apenas se conservam algumas das coberturas, em masseira.
Tesxto: (Rosário Carvalho) / IPPAR
retirado de: https://www.facebook.com/groups/estoriasdecasascomhistoria/

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