NOTA: A quem consulte e aprecie este blogue e possa contribuir com comentários, críticas ou correcções têm a minha consideração.
Aqueles que por seu entendimento, possam ser proprietários de alguns elementos fotográficos, e pretendam a retirada dessa foto, agradeço que me seja comunicada para evitar constrangimentos pessoais.

Obrigado.

22 de dezembro de 2011

Fonte das Sete Bicas, Srª. da Hora




Rua Fonte das Sete Bicas, Srª. da Hora, Matosinhos - Portugal
A Fonte das Sete Bicas é um monumento de arquitectura simples. Da base de uma parede granítica ressaltam as 7 bicas, às quais se acede por uma ampla escadaria em semicírculo. Sobre as fontes uma inscrição epigráfica indica que “AQUI APAREC/EO NOSSA SE/NHORA DA HORA/ LOUVADO SEJA O / SANCTISSIMO SACRA MENTO” e, encimando o conjunto, um motivo decorativo acolhe um nicho onde se observa uma imagem, igualmente de granito, de Nossa Senhora com o menino.
 Uma fonte com propriedades casamenteiras, uma imagem sacra a quem as grávidas pedem “uma boa horinha”, e uma poção mágica (na verdade uma horrível “mistela”) que livrava as crianças do “mal-da-gota” – eis alguns dos ingredientes que concorreram para o sucesso daquela que foi, até meados do século XX, uma das três maiores romarias do Grande Porto: as Festas da Senhora da Hora e da sua emblemática Fonte das Sete Bicas.
Suzana Faro e Joel Cleto (texto)

15 de dezembro de 2011

Casa de Nogueira, Cete

Rua da Nogueira, Cete, Paredes - Portugal

" Como acontecia com os demais mosteiros, os frades eram os directos senhorios de todas as terras das freguesias que lhes pertenciam que arrendavam aos habitantes mediante escritura notarial de emprazamento que podia ser celebrada com o contraente apenas em sua vida ou em mais vidas de seus herdeiros.
Estava neste caso o Casal da Nogueira, no lugar de Além, que cerca de 1550 pertencia a Gonçalo Nogueira, o velho, e a sua mulher Leonor Gonçalves. Deles foi filho outro Gonçalo Nogueira, o novo, 2ª vida do prazo, que casou em Baltar, a 16 de Setembro de 1608, com Leonor Fayão.
Quem era esta Leonor? nada mais do que a filha de Afonso Fayão, abade de Baltar desde 1594 até à sua morte ocorrida em 2 de Outubro de 1622, que por sua vez era filho natural de Dom Teodósio I, quinto duque de Bragança e de uma dama solteira do Paço Ducal de Vila Viçosa.
Baseado nesta descendência, seu neto Domingos Meireles Nogueira (por sua filha primogénita Maria Nogueira, casada com António Meireles) habilitou-se a familiar do Santo Ofício, de que obteve carta em 14 de Janeiro de 1694 e a Fidalgo da Casa Real, cuja mercê lhe foi concedida por D. João IV por alvará de 2 de Agosto de 1710.
Foi este Domingos Meireles Nogueira que procedeu à construção da capela (cujo orago é precisamente o do seu santo onomástico) e provavelmente à ampliação e reconstrução da casa, cuja fachada e escadaria apresentam todas as caracteristicas dos modelos do barroco nacional da época de D. João IV.
O brasão de armas dos Braganças (com quebra de bastardia) que ainda se pode contemplar na fachada arruinada (actualmente restaurada) da casa, só mais tarde deveria ter sido colocado, pois foi concedido, também por D. João IV, não a Domingos de Meireles Nogueira, mas a seu filho sucessor, Hipólito de Meireles Afonso Fayão, a 19 de Maio de 1734.
(extracto de texto do jornal O Tripeiro, redigido por J. Leão, em " A casa da Nogueira - ruina que urge salvar")

26 de novembro de 2011

Galilé esculpida na fachada da Sé - Porto

Largo da Sé, Porto
A Catedral (Sé) da cidade do Porto, situada no coração do centro histórico, é um dos seus principais e mais antigos monumentos.
O início da sua construção data da primeira metade do século XII, e prolongou-se até ao princípio do século XIII. Esse primeiro edifício, em estilo românico, sofreu muitas alterações ao longo dos séculos. Da época românica datam o carácter geral da fachada com as torres e a bela rosácea, além do corpo da igreja de três naves coberto por abóbada de canhão. A abóbada da nave central è sustentada por arcobotantes, sendo a Sé do Porto um dos primeiros edifícios portugueses em que se utilizou esse elemento arquitectónico.
Na época gótica, cerca do ano de 1333, construiu-se a capela funerária de João Gordo, cavaleiro da Ordem dos Hospitalários e colaborador de D. Dinis, sepultado em um túmulo com jacente. Também da época gótica data o claustro (séc XIV-XV), construído no reinado de D. João I. Este rei casou-se com D. Filipa de Lencastre na Sé do Porto em 1387.
O exterior da Sé foi muito modificado na época barroca, vendo-se na sua fachada uma barca esculpida. Há quem preconize que aproximadamente no ano de 1738, o arquitecto italiano Nicolau Nasoni adicionou a bela galilé barroca à fachada lateral da Sé. Cerca de 1772 construiu-se um novo portal em substituição ao românico original. As balaustradas e cúpulas das torres também são barrocas.
Por outro lado há quem defenda que essa galilé já existia desde o séc. XIII, em alto relevo, e localizada numa das colunas graniticas da fachada principal da catedral, simbolizando o mais antigo simbolo iconografico conhecido de um barco. para além disso simboliza, também, a vocação dos portuenses nas lides no mar.
(http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9_do_Porto e "Porto nos recantos do passado", Germano Silva)

17 de novembro de 2011

Capela do Espigueiro - Beire

Casa do Gaiato, Av. Padre Américo e Rua do Calvário Beire, Paredes - Portugal

Esta capela é uma das muitas construções existentes da Casa do Gaiato, em Beire. Construção do século XX, onde pretende dar uma ideia de segurança e de estabilidade. Pretende exibir a representatividade de um celeiro tradicional, transformado num paralelismo em granito e de solidez pela natureza do seu material aplicado.
Pretendeu representar um antigo espigueiro local, conforme foto de 1955 obtida pelo blog "aoencontrodopassado.blog.sapo.pt" do qual agradecemos pela sua origionalidade.
A visita efectuada mereceu o meu apreço pela dedicação com que uma instituição desta natureza tem feito ao longo do tempo. A força, a dedicação, a bondade e a força interior que tem levado a bom porto esta Casa, tem todo o meu respeito. O actual local teve origem na doação de uma familia rica da época, donde apenas existia um extenso terreno e que aos poucos, e principalmente por iniciativa do Sr. Padre Batista, se tem transformado num empreendimento robusto de tanta construção existente no local.
Poder-se-á ainda visualizar nesta quinta, outras construções interessante, tais como, uma imitação de capela pseudo gótica, toda em granito, uma varanda recuperada do século XV, e muitas outras construções de apoio aos enfermos e deficientes que esta casa recolhe.
Bem Haja. 

9 de novembro de 2011

Brasão em cemitério - Lapa


Cemitério da Lapa, Cedofeita, Porto - Portugal

Não muito frequente verifica-se a aplicação de brasões em sepulturas e capelas em cemitérios. Na cidade do Porto, mais especificamente no cemitério da Lapa, foi deixada a marca pessoal da Condessa de Alte e de Marim através do seu brasão metálico e que se encontra em bom estado de conservação.
Por curiosidade existem dispersos miutos outros brasões pelos cemitérios da cidade e que oportunamente iremos apresentando ao longo do tempo.

5 de novembro de 2011

Roda das Navalhas - Porto

Rua das Flores, nº60, Vitória, Porto - Portugal

A Rua das Flores é das ruas mais antigas da Invicta que mantém ainda hoje grande parte do seu traço original. Foi mandada construir por D. Manuel I, no início do século XVI, com o intuito de ligar ao Largo de S. Domingos a uma das portas da muralha fernandina que circundava a cidade: a Porta de Carros. O nome da rua provém das populosas hortas, recheadas de flores, que existiam nas propriedades por onde a rua fora aberta; essas propriedades pertenciam, essencialmente, ao bispo portuense de então: D. Pedro da Costa, cuja tamanha devoção por Santa Catarina do Monte Sinai fizera adoptar a Roda de Navalhas como seu brasão de armas e nomear a rua como Rua de Santa Catarina das Flores.

(http://www.geocaching.com/seek/cache_details.aspx?guid=358eaaea-0e2b-4e62-b5a7-a9e4d363620b)

23 de outubro de 2011

Distico na fachada de prédio - Porto


Rua D. Hugo, nº 80, Vitória, Porto - Portugal
Estas placas encontram-se fixadas em prédios que se encontram seguros, por empresas seguradoras, na cidade do Porto. Cada simbolo pretende identificar a companhía seguradora de modo publicitário e demonstrar todo o cuidado demonstrado por parte do proprietário, como seu bem imóvel, perante a cidade. Creio que este distico tem as suas origens nos finais do séc. XIX.

8 de outubro de 2011

Casa de Real - Sobrosa

Rua Nª. Srª. de Fátima, Sobrosa, Paredes - Portugal

A casa data da primeira metade do séc. XVIII (1724) e a sua capela, construida mais tarde (1760), nem sempre pertenceram á familia Coelho Pinto.
Adquirida por António Clemente Coelho Pinto Ribeiro, em 1810, por ocasião da ultima invasão napoleónica.
Actualmente a Casa Real, graças ao actual proprietário, está restaurada com muito bom gosto e requinte de conservação.
A Capela, dedicada a Nª. Srª. da Conceição. é mais uma jóia setecentista que se encontra restaurada e apta à pratica religiosa.
(agradecimento profundo ao Dr. José Pinto, pelos dados obtidos na sua obra "Sobrosa - História e Património")

Casa do Bodo (1708) - Sobrosa

Rua Trás da Eira, Sobrosa, Paredes - Portugal
A Casa do Bodo foi referência, no séc. XVIII, de um acordo antenupcial para satisfação dos encargos de doação entre o casamento de Bento Coelho da Silva Camello, filho dos senhores da Casa de Muro, e Clara Moreira Rocha Brito, deixada por sua mãe, Ana Joaquina Coelho.
Deste modo, a Casa do Bodo ficou a ser proprietária do casal, bem como de outros bens monetários deixados nessa mesma escritura pré-nupcial.
O primeiro filho do casal, António Coelho da Rocha e Silva veio a casar com Maria Augusta Meireles, tendo vivido na Casa da Varziela pelo facto da Casa do Bodo já se encontrar ocupada por seus pais. Deste enlace resultaram 5 filhos, tendo todos eles casado e mudarem-se para outros locais. A excepção coube à ultima filha mais nova, Irene dos Anjos Coelho Meireles, que viveu na Casa do Bodo até a sua morte, não tendo deixado filhos herdeiros.
Actualmente, encontra-se nas mãos de um herdeiro da casa, seu sobrinho, mantendo a continuação da posse do imóvel nas mãos da familia Coelho Meireles, tendo-a restaurado  merecendo o agradecimento da população local e do concelho, pela preservação do património.
(agradecimento profundo ao Dr. José Pinto, pelos dados obtidos na sua obra "Sobrosa - História e Património")

5 de outubro de 2011

Conde de Ferreira, Cemitério de Agramonte - Porto


Cemitério de Agramonte, Massarelos, Porto - Portugal

Joaquim Ferreira dos Santos (Vila Meã, Campanhã, Porto, 4 de Outubro de 1782 — Bonfim (Porto), 24 de Março de 1866), 1.º barão, 1.º visconde e 1.º conde de Ferreira, foi um comerciante e filantropo português. Tendo conseguido uma grande fortuna no Brasil e em África, em boa parte pelo tráfico de escravos de Angola para o Brasil, após o seu regresso a Portugal dedicou-se à filantropia: fez construir 120 escolas primárias em Portugal e contribuiu com valiosos donativos para a Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, para a Santa Casa da Misericórdia do Porto e para outras instituições de beneficência. Tendo contribuído financeiramente para a causa de D. Maria II de Portugal, a rainha elevou-o a barão em 1842, a visconde em 1843 e a conde em 1856. Com o que sobrou da sua herança foi fundado no Porto um hospital para doentes mentais, que ainda ostenta o seu nome. Foi Par do Reino, fidalgo cavaleiro da Casa Real, do Conselho de Sua Majestade Fidelíssima, comendador da Ordem de Cristo e grã-cruz da Ordem de Isabel a Católica.
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Joaquim_Ferreira_dos_Santos)

1 de outubro de 2011

Quinta do Covo - Mouriz

Rua da Mogueira, nº75, Mouriz, Paredes - Portugal


A pedra de armas assenta sobre entrada com a seguinte descrição:
forma - Francês ou quadrado
leitura - esquartelado
I - Barreto(?)
II - Morais ou partido de Soares/Oliveira (?)
III - Barbosa
IV - Andrade
Elmo com paquife de plumas
Escudo assente em cartilha decorativa

26 de setembro de 2011

Portal Manuelino no Cemitéiro do Prado do Repouso - Porto



Largo Soares dos Reis, Bonfim, Porto - Portugal
Portal Manuelino, de 1525, uma das poucas reliquias que restavam no claustro do Mosteiro de S. Bento d'Avé Maria, sendo trasladado em 3 de setembro de 1894, para o cemitério, aquando da sua demolição integral do Mosteiro.
O desaparecimento do Mosteiro foi motivada pela necessidade da construção da estação de caminhos de ferro, actual estação de S. Bento, no centro da cidade do Porto.
Este portal serve de simbolo, do local de repouso das ossadas das abadessas mais seculares e serventuriais do extinto Mosteiro e que foram exumados e trasladados para o novo local, o Cemitério do Prado de Repouso.

10 de setembro de 2011

Arcanjo S. Gabriel - Porto


Rua dos Caldeireiros, nº 106 , Vitória, Porto - Portugal

As ruas do Porto, nas freguesias da Vitória, Sé e S. Nicolau. provêm de populosas hortas, recheadas de flores, que existiam nos terrenos cujas propriedades pertenciam, essencialmente, ao bispo portuense e aos cónegos da cidade. Enquanto que o bispo fizera adoptar a Roda de Navalhas e a Mitra como seus brasões de armas para nomear as suas propriedades, os cónegos e de modo a distrinçar as suas posses denominou o arcanjo S. Gabriel como marca pessoal.

4 de setembro de 2011

Quinta da Cruz (Sobradelo de Cima) - Louredo

Rua da Bela Vista, nº 23, Louredo, Paredes - Portugal

Agradeço a informação prestada sobre o verdadeiro nome da quinta, pois segundo se verifica apenas permanece o portal da quinta.
Este portal fazia parte da "Quinta de Sobradelo de Cima" ficando a "Quinta de Sobradelo de Baixo" associada à casa da Castrália.

1 de setembro de 2011

Casa particular - Porto

Rua S. Bento da Vitória, nº 10, Porto - Portugal
Descrição do brasão:
          - Escudo: Oval
          - Formato: Esquartelado (partido, com um traço e cortado em dois)
          - Leitura:  Cardoso, Vasconcelos, Carvalho, Pinto, Coutinho e Borba

21 de agosto de 2011

Quinta de Sobrado de Baixo, Louredo



Av. Adriano Moreira de Castro, Louredo, Paredes - Portugal

A pedra de armas assenta sobre entrada com a seguinte descrição:
forma - de fantasia
leitura - esquartelado
I - Teixeira
II - Mota
III - Moreira
IV - Meireles
Elmo com paquife de plumas
Timbre dos Teixeira
Escudo assente em cartilha decorativa

19 de agosto de 2011

Aldraba - Águas Santas


R. D. Afonso Henriques, nº 965, Águas Santas, Maia - Portugal

Infelizmente esta aldraba vai-nos deixar. Como podem aperceber-se ela encontra-se partida e não há vontade de a recuperar. Adeus! Enfim.... vamos procurar por outras que sejam mais resistentes e preservá-las.

11 de agosto de 2011

Distico em fachada de prédio - Porto

Largo de S. Domingos, nº 62, S. Nicolau, Porto - Portgual

Estas placas encontram-se fixadas em prédios que se encontram seguros, por empresas seguradoras, na cidade do Porto. Cada simbolo pretende identificar a companhía seguradora de modo publicitário e demonstrar todo o cuidado demonstrado por parte do proprietário, como seu bem imóvel, perante a cidade. Creio que este distico tem as suas origens nos finais do séc. XIX.

4 de agosto de 2011

Brasão Nacional, Sobrosa

Rua do Padrão, Sobrosa, Paredes - Portugal

Este brasão está inscrito numa das fachadas de um pequeno edificio que serviu de Tribunal e Cadeia quando o Foral de Sobrosa foi dado por D. Manuel, em Évora a 15 de Outubro de 1519. Já mais recente, por 1857, foi criada e instalada nesse edificio a escola primária do sexo masculino, sendo actualmente sede de um grupo associativo.

19 de julho de 2011

Roda das Navalhas - Porto

Rua das Flores, nº 130, Vitória - Porto

A Rua das Flores é das ruas mais antigas da Invicta que mantém ainda hoje grande parte do seu traço original. Foi mandada construir por D. Manuel I, no início do século XVI, com o intuito de ligar ao Largo de S. Domingos a uma das portas da muralha fernandina que circundava a cidade: a Porta de Carros. O nome da rua provém das populosas hortas, recheadas de flores, que existiam nas propriedades por onde a rua fora aberta; essas propriedades pertenciam, essencialmente, ao bispo portuense de então: D. Pedro da Costa, cuja tamanha devoção por Santa Catarina do Monte Sinai fizera adoptar a Roda de Navalhas como seu brasão de armas e nomear a rua como Rua de Santa Catarina das Flores.



16 de julho de 2011

Quinta de Sobrado de Cima - Louredo





Av. Adriano Moreira, Louredo, Paredes - Portugal

A pedra de armas assenta sobre entrada com a seguinte descrição:
forma - Francês ou quadrado
leitura - esquartelado
I - Meireles
II e III - Moreira
IV - Meireles
Elmo (danificado e mutilado)
Timbre (mutilado)
Escudo assente em cartilha decorativa

8 de julho de 2011

Torre da Marca - V.N. de Gaia

Rua Camilo Castelo Branco, V. N. de Gaia - Portugal
Esta torre da "marca" fica junto ao Arrábida Shopping e desempenhava o mesmo papel que a sua homónima do Porto, que ficava no actual terreno do Palácio de Cristal, entretanto já desaparecida.
Ambas, serviam de referência ou baliza ou marca destinada a orientar todas as embarcações que do alto mar entravam no Rio Douro, no periodo de grande desenvolvimento económico da cidade (séc. XV ao séc. XIX).

"Tratava-se de uma estruturade cariz militar e de sinalização às embarcações que demandavam a barra e o estuário do Douro.
Mandada construir (provavelmente) por D. João III, em 1542 (a do Porto), a torre da Marca todavia já não existe desde a segunda metade do séc. XIX."
Como esta, a do Porto, "localizava-se no local onde hoje podemos contemplar, nos jardins do Palácio de Cristal, a capela dedicada ao rei de Piemonte-Sardenha, Carlos Alberto.
Aliás na edificação da capela, mandada erigir por sua irmã, a princesa Augusta de Montlear, terá sido utilizada pedra dessa torre."
in, lendas do Porto, de Joel Cleto

2 de julho de 2011

Brasão dos "Coelho da Silva" - Paredes

Rua Padre Marcelino Conceição, Castelões de Cepeda, Paredes - Portugal

Casa em frente à Casa do "Padre" - Foi atribuída carta de armas, a 2/12/1747, a Caetano José Coelho da Silva Rocha de Barbosa, cavaleiro fidalgo da Casa Real (3/3/1745), filho do Capitão de Ordenança de Louredo e familiar de Stº. Oficio, senhor da dita casa de Paredes (ou da Igreja), Jerónimo Coelho da Silva e de sua esposa D. Catarina Rocha Barbosa, da quinta da Vidigueira, em Besteiros.
Este é um dos dois brasões existente em Castelões de Cepeda. As armas apresentadas são Coelho, Silva, Rocha e Barbosa, em escudo Francês, esquartelado e elmo voltado à direita, sobre a porta de entrada de sua casa.
Este brasão está colocado na fachada da casa e inserida no pátio, não sendo visível por quem passa.

A pedra de armas assenta na fachada da casa com a seguinte descrição:
forma - Francês ou quadrado
leitura - esquartelado
I - Coelho
II - Silva
III - Rocha
IV - Barbosa
Elmo tarado de perfil com paquife de plumas
Timbre de Coelho
Escudo assente em cartilha decorativa

http://www.soveral.info/mas/MeirelesBarreto.htm

29 de junho de 2011

Brasão dos Mendonça e Barbosa - Penafiel

Rua do Paço, Penafiel - Portugal

Este belo brasão está inserido num edifício antigo, onde se encontra instalada a sede do Clube Penafidelense de Automóveis Antigos.
O escudo é do séc. XVIII, ultimo quartel e há registos que esta casa terá sido incendiada pelos franceses, na 2ª invasão, em 1809 e posteriormente restaurada.

O brasão assenta na fachada principal e apresenta o seguinte descritivo:
forma: de fantasia
leitura: partido
I - Barbosa
II - Mendonça
Elmo tarado a 3/4 à direita, com paquife com plumas
diferença - uma estrela de seis pontas
Virol sobre o elmo
Timbre de Barbosa
O escudo assenta sobre cartilha decorativa de inspiração fitomórfica, com correia de suspensão desapertada
"A Carta de Brasão de Armas (CBA), foi emitida em 20/09/1775, ao Bacharel António Barboza, familiar do Santo Ofício, natural e morador na Quinta de Segade, freguesia e Couto de S. Miguel de Bustelo, filho legitimo de Manoel Gomes Barboza de Mendonça, natural da freguesia de S. Vicente de Boim, e de sua mulher Dona Esperança Maria Pereira, natural  da freguesia de Bustelo. Neto de João de Mendonça Barboza e de sua mulher Maria Pinto dos Reys da fonseca, moradores que foram na sua quinat de campos da dita fregeusia de S. Vicente de Boim."

Nota: 
Informações retiradas de:
"Heráldica & Genealogia", Caderno do Museu, Penafiel, Museu Municipal nº. 5, 1999
Livro 2º de Registo das Cartas de Brasão de Armas, fls. 73v, no Cartório da Nobreza - ANTT

25 de junho de 2011

Afonso e Cunha - Palácio do Freixo - Porto

Rua do Freixo, Campanhã, Porto - Portugal

O edificio onde se insere este brasão foi mandado construir, em meados do séc. XVIII, pelo cavaleiro de Malta, Vicente Távora e Noronha, tendo sido habitado posteriormente por outros descendentes. Até que em 1850 foi vendido a um negociante, António Afonso Velado que em 1866, foi condecorado Barão do Freixo e três anos mais tarde Visconde do Freixo.
Este titular fez substituir, no seu palacio as pedras de armas que nele existia - armas dos Tavoras, pelas suas próprias, escudo partido de Afonso e Cunha. 
Descrição do brasão:
         - Escudo: Francês ou Quadrado
         - Formato: Partido, sendo o 1º também partido
         - Leitura: I - Afonso e Velado, II - Cunha

21 de junho de 2011

Quinta da Amoreira - Mouriz


Rua da Amoreira, 64, Mouriz, Paredes - Portugal

São Romão de Mouriz deve o seu nome aos mouros: Alqueidão, nome dum lugar de Mouriz, é árabe ou mouro.
Outro vestígio dos mouros é o nome do lugar de Amoreira que parece derivar de A. Moureira (lugar de muitos mouros ou mulher moura) tendo casa brasonada onde existem duas estátuas em granito com a figura de um chefe ou rei mouro, e de uma mulher moura, "a Moureira" sobre o portal.
As referidas estátuas, conforme documentado na foto, subsistem nas respectivas peanhas, encimando as pilastras que sustentam um frontão contracurvado tardo-barroco.

Situação singular, a Casa encontra-se ainda na posse de um descendente dos fundadores iniciais (Séc. XIII) ao qual mereceu a CBA, datada de 1802, de António de Lemos Coelho Ferraz de Sousa Rebelo e Vasconcelos.
Fotos de Francisco de Lemos Peixoto, ao qual agradeço

A pedra de armas assenta sobre o portal de entrada com a seguinte descrição:
forma - de fantasia
leitura - esquartelado
I - Sousa (do Prado)
II - Coelho
 III - Lemos
IV - Ferraz
Elmo tarado de perfil
Timbre de Coelho
diferença: uma brica de um farpão de ouro

Recentemente recebi contacto cujo conteúdo apresento e agradeço ao Dr. Cristiano Marques Costa que me ajudou a acrescentar mais informação sobre a família e sobre a pedra de armas, e do qual já efectuei as respectivas correcções.
Acrescenta o seguinte:
"Esta casa pertenceu ao Dr. Francisco de Lemos da Silva Peixoto, presidente da Câmara Municipal de Paredes, filho de Francisco Ponciano da Silva Peixoto, de Penafiel, e de Engrácia Coelho de Lemos Ferraz, filha do tabelião Jerónimo de Lemos Coelho Ferraz, desta casa, solteiro, e de Ana Ermelinda, solteira.
Engrácia era irmã do Dr. Albino de Lemos Coelho Ferraz, também presidente da Câmara Municipal de Paredes. Por sua vez, Jerónimo era filho de José Luís Coelho de Lemos e de Clara Maria Moreira Pacheco da Cunha." 
Fotos de Francisco de Lemos Peixoto, ao qual agradeço

A propriedade apresenta-se murada em todo o seu limite e é constituída por uma habitação principal, com capela anexa, lagares e eira, espigueiro, tanque, assim como de um edifico secundário destinado a alojamento de caseiro, armazenamento de produtos e alfaias agrícolas, cortes para gado.
A construção do núcleo da habitação data os princípios do séc. XVIII, incluindo da pequena capela, referenciada nas Memórias Paroquiais de 1758, em estilo barroco, de que são exemplos a fachada principal e o altar em talha dourada.
Na entrada da propriedade destaca-se o portão principal o qual se apresenta armoriado e encimado com duas estatuetas em granito representando a "Amoureira" e "Mouriz".
Fazem parte deste conjunto, duas janelas adossadas nos panos laterais do muro que enquadram o portão.
A "Casa da Amoreira" foi alvo de obras de restauro e conservação que não alteraram a estrutura da construção inicial, mantendo-se como um importante exemplo da típica casa rural minhota, construída na melhor tradição de fidalguia terra tenente do Portugal de Setecentos.



Fotos de Francisco de Lemos Peixoto, ao qual agradeço


Informação retirada de:
Monografia de Paredes de Dr. José de Barreiro
Agradeço a algumas observações como complemento a anónimo, e aos confrades, Manuel Guilherme Vasconcelos, a Eduardo Mascarenhas de Lemos a Pedro Bingre do Amaral e a descendente da família Francisco de Lemos Peixoto  que em troca de informação no Facebook permitiu adicionar informações relevantes sobre a família e a casa.