NOTA: A quem consulte e aprecie este blogue e possa contribuir com comentários, críticas ou correcções têm a minha consideração.
Aqueles que por seu entendimento, possam ser proprietários de alguns elementos fotográficos, e pretendam a retirada dessa foto, agradeço que me seja comunicada para evitar constrangimentos pessoais.

Obrigado.

29 de abril de 2012

Brasão desconhecido - Porto

Rua de S. Pedro de Miragaia, 32, Miragaia, Porto - Portugal

Caros amigos, acabo de descobrir mais um brasão na minha cidade querida. Para meu desgosto encontra-se numa das muitas ruas e vielas do interior, da cidade do Porto antigo.
Está colocada numa fachada de um de prédio abandonado que nada vê e nada se sabe.
As suas origens, segundo Armando de Mattos, grande historiador de heráldica, da época de 40, descreve-o como simbolo da época do séc. XVII, seguindo as tradições das cartas de armas do século anterior, e na sua composição heráldica ele classifica-o de brasão esquartelado e com  a leitura de Rocha, Ferreira (?) e Barbuda (?). Nota-se que o escudo se encontra inclinado, nada habitual na representação heráldica.
Refere ainda que seu timbre é de Rocha, e em regra tem sempre o nome do 1º quadrante. Por fim define-o com um bom desenho.
Peço a quem souber mais alguma informação sobre esta peça, que tende a desaparecer, que me seja enviada para o meu blogue ou e-mail.
Grato.

25 de abril de 2012

Distico na fachada de prédio - Porto

Rua do Loureiro, 58 - Sé, Porto - Portugal
Estas placas encontram-se fixadas em prédios que se encontram seguros, por empresas seguradoras, na cidade do Porto. Cada simbolo pretende identificar a companhía seguradora de modo publicitário e demonstrar todo o cuidado demonstrado por parte do proprietário, como seu bem imóvel, perante a cidade. Creio que este distico tem as suas origens nos finais do séc. XIX.

5 de abril de 2012

Fossa do Mosteiro de Vilela - Paredes


Av. Nª. Srª. de Fátima, Vilela, Paredes - Portugal
O complexo conventual do Mosteiro de Santo Estêvão de Vilela fica situado na freguesia de Vilela, antiga sede de um convento consagrado a S. Estêvão, dos cónegos regrantes de S. Agostinho, fundado nos princípios do século XII.
O Convento de Vilela desenvolve-se paralelo à igreja com o mesmo nome, em três alas, formando um pátio central. A ala perpendicular à torre do lado da Epístola, considerada a mais antiga, apresenta fachada com uma das portas coroadas por um complexo conjunto curvilíneo, um frontão em acento circunflexo, em cujo vértice se encontra um óculo hexagonal. A ala paralela à igreja destaca-se pelo corpo central que, no alçado aberto para o pátio, é mais saliente e rasgado por um conjunto de cinco arcos ao nível do andar superior, antecedido por escadaria de lanços convergentes. Edifício de dois pisos com estrutura em alvenaria de granito, paredes rebocadas, vãos, cornijas e sacadas em cantaria.
Na esquina da ala poente com a ala principal localizam-se, em toda a sua prumada, todos os espaços definidos para efeito de serviços sanitários por onde se  faziam suas descargas, livremente e graviticamente, para um espaço designado de fossa.
Como se pode visualizar nas fotos, a água proveniente de um tanque, nas traseiras do mosteiro, era direccionado através de um caneiro exterior e canalizado para o seu interior (quando desse jeito) onde lavariam os dejectos acumulados, e circulariam pelo percurso todo em granito que por sua vez eram levados pelo canal exterior para servir de rega/adubação das terras mais proximas, que lhes pertenciam.

1 de abril de 2012

Casa do Além - Bitarães

Rua do Além, Bitarães, Paredes - Portugal

O brasão apresenta o seguinte descritivo:
forma: fantasia
leitura: esquartelada
I - Pinto
II - Sousa (do Prado)
III - Freire de Andrade
IV - Malheiro
Timbre de Pinto (um leopardo)
Elmo tarado à direita, sem paquife
Timbre - Leopardo
O escudo está assente na esquina da casa

O historiador Belmiro Augusto de Oliveira escreveu que "os Malheiros de Coura descendem dos Malheiros da Costilha e estes descendem e representam os Malheiros de Vila Nova de Cerveira que eram cavalleiros proffessos na Ordem de Christo em 20 de Maio de 1737…". O historiador vai mais longe, até ao século XV, onde surge Álvaro Pitta, escudeiro fidalgo, por El-Rei D. João I.
O actual brasão foi trasladado da quinta adjacente, da Casa de Coura que fora vendida e colocado nesta casa, também pertença de sua familia.
A actual propriedade é pertença, por herança, de Jorge Maria Fontoura de Queirós Malheiro, antigo Presidente da Câmara de Paredes (1977-1993), e serve de Quinta para eventos. Merece destaque o seu jardim, a adega e as cavalariças.
Como comentário pessoal, chama-se a atenção que até à data foi o único brasão colorido, afixado em fachadas e portais, descoberto ao longo destas minhas visitas/roteiros, no distrito do Porto.
A sua forma não é a mais usual, sendo esquartelada, isto é partida e cortada, repartindo em 4 nomes que aparentemente não se relacionam na sua totalidade com a família e que na minha opinião se referem aos: I - Pintos; II - Sousa (do Prado); III - Freire (?) e IV - Malheiro (?)
(partes de :www.verdadeiroolhar.pt e alinhamentos.blog.sapo.pt)

Na obra "O Brasão de Armas da família Malheiro", de Artur Norton, (separata do Almanaque de Ponte de Lima, 1980), descreve as origens dos Malheiros e apresenta algumas pedras de armas que se apresentam por Ponte de Lima, tendo o seu representante criado o Casa ou Morgadio de Pormachão, e na Igreja de Cinfães aparece igualmente um símbolo de Malheiro, onde são descritas as armas cuja singularidade não são actualmente as normalizadas nas obras mais relevantes de armaria portuguesa.
Contudo, a sua descrição assemelham-se ao IV quadrante da peça acima apresentada no seu conteúdo mais lato, de duas cruzes latinas e carregadas de 6 (?) estrelas, de 5 pontas. Contudo fica a duvida da sua simbologia apresentada nesta peça.