NOTA: A quem consulte e aprecie este blogue e possa contribuir com comentários, críticas ou correcções têm a minha consideração.
Aqueles que por seu entendimento, possam ser proprietários de alguns elementos fotográficos, e pretendam a retirada dessa foto, agradeço que me seja comunicada para evitar constrangimentos pessoais.

Obrigado.

28 de setembro de 2014

Os "Brandão e Silva" - Porto

Largo 1º de Dezembro, freguesia da Sé, Porto - Portugal (no Museu Soares dos Reis)

Esta pedra de armas é uma peça que, ao que tudo indica, se encontrava numa capela erigida junto à Porta do Sol, situada no Campo de Santa Clara com a rua de Stº. António do Penedo. Agora todo aquele lugar deu o nome de Largo 1º de Dezembro e ainda restam daquele tempo o convento e parte das muralhas fernandinas.
A demolição desta capela terá sido demolida em 1886/1887, ignorando-se a data da sua construção, levantando-se a hipótese de ter sido do 1º quartel do séc. XVII, embora haja referências de um documento onde menciona a existência de uma capela, no ano de 1504, cujo vinculo se encontrava na posse de Affonso Ferraz, o qual já teria herdado de seus descendentes.
No séc. XVII a confraria da Congregação do Oratório de S. Filipe de Nery estava instalada num pequeno templo nos antigos Carvalhos do Monte, chamada Capela de Santo António do Penedo por ter sido construída sobre uma rocha.
Primitivamente, em 1657, a capela fora dedicada a Santo Antão cuja propriedade pertencia ao morgado Miguel Brandão da Silva o qual terá deixado a sua marca com o seu brasão no arco do cruzeiro da mesma.
Todo aquele local era um dos pitorescos recantos do velho Porto, infeliz e inutilmente destruído, no período dos Almadas, por volta de 1768, para alargamento da cidade, que nessa época estava administrada pela Confraria dos Desembargadores da Relação.
Atualmente a pedra de armas encontra-se guardada no Museu Soares dos Reis.
É da época da renascença (séc. XVII), de construção em granito, de estilo clássico e em estado de conservação razoável.
A descrição é:
Classificação: Heráldica de família
Escudo: Francês
Formato: Partido
Leitura: I - Brandão e II - Silva
Elmo de perfil, com paquife
O timbre depreende-se ter sido mutilado e que seria dos Brandão, com 3 brandões do escudo em roquete
(parte de texto foi retirado de O Tripeiro, de F. A. Carlos Dias Neves (série I, ano I, p. 285, 300 e 301)

10 de setembro de 2014

"Cete, através da história" - Paredes


Mais um evento que irá ocorrer este mês, no concelho de Paredes. Façam a vossa visita e participem com pretensão de preservar as vossas fotografias antigas, deste concelho e neste caso de Cete,
A Câmara acolherá com todo o prazer todo o espólio histórico, etnográfico, fotográfico que queiram divulgar. Vamos guardar nas nossas memórias o que ainda se pode preservar.
Eu agradeço e todos os Paredenses agradecem!

8 de setembro de 2014

Rua do Comércio do Porto - Porto

Rua do Comércio do Porto, freguesia de S. Nicolau, Porto - Portugal
A rua que hoje se chama Comércio do Porto, juntou duas antigas artérias citadinas: a Rua da Rosa e a Ferraria de Baixo , ou Ferraria Nova... (Toponímia Portuense de Andrea Cunha e Freitas).
A data da deliberação é de 10 de janeiro de 1891.
"O Comércio do Porto" foi um jornal português, fundado no Porto em 2 de junho de 1854. Quando se deixou publicar, em 2005, era o segundo mais antigo português, a seguir ao Açoriano Oriental.
Os fundadores foram Henrique Carlos Miranda e Manuel Sousa Carqueja.
(http://ruasdoporto.blogspot.pt)

4 de setembro de 2014

Portal Manuelino - Quinta da Conceição

Quinta da Conceição - Av. Antunes Guimarães, freguesia de Leça da Palmeira, concelho de Matosinhos - Portugal

Este Portal ou Pórtico sempre me intrigou. Recentemente e com a visualização de mais um programa de Joel Cleto no qual este foi o tema abordado, e de que irei descrever num pequeno resumo tudo aquilo que foi transmitido, bem como de outros tópicos que merecem pesquisas, passeios e curiosidades pelos locais referenciados.
A pergunta inicial e de que sempre me questionei foi "o que faz neste local este fabuloso portal ou arco ou pórtico manuelino?".
De facto este exemplar nasceu neste local, conhecida como quinta da Conceição, fazendo parte de uma de muitas peças interessantíssimas de um convento criado em 1481, com a designação de Convento de Nossa Senhora da Conceição, ligada à Ordem de S. Francisco.
Ao longo do tempo e com a extinção das ordens religiosas, em 1834, com a força ideológica do liberalismo, fez com que os movimentos e instituições religiosas em Portugal desaparecessem. 
Este local foi mais um exemplo da transformação e da degradação destes espaços de culto religioso privado com que a ruína deste convento se terá tornado e que praticamente desapareceu.
Neste mesmo ano o convento, muitas das peças e bens foram a hasta publica, tendo o portal também sido adquirido.
A sua aquisição foi com a intenção de decorar uma construção idealizada por uma personalidade de ideais liberais moderada, mas com formação médica - Dr. Antero Silveira Pinto. Os seus ideais advém  de seus antepassados, avô e pai, também eles médicos de formação e que no período de grandes conflitos e ideais miguelistas tiveram de se refugiar em França.
Ora, com a vitoria Liberal, Antero Silveira Pinto exerceu funções de grande fulgor e relevo, tendo sido membro do município e Presidente da Câmara de Gaia, e posteriormente exercido funções de governador civil de Aveiro e de Viana do Castelo, e tudo indica que foi quem idealizou a sua nova residência.
Esta sua construção ficaria conhecida como Palacete de S. Paio, pelo facto de no local se designar de Baía de S. Paio e que só em meados do séc. XIX se passou a chamar de Afurada.
A sua construção com dimensão de grande impacto apresenta duas torres e variadas janelas com arcos quebrados do gótico, com princípios do neogótico e com o espirito do romantismo da época levou a implantação desta linda peça manuelina na sua quinta.
É verdade, este lindíssimo pórtico manuelino foi trasladado para a margem esquerda do rio Douro e por lá ficou até que a sua transposição para o atual local, e original (lá perto) se deveu ao arquitecto Távora com o estudo e realização da implantação da Quinta da Conceição como espaço de lazer.
Foi interessante a apresentação histórica sobre esta peça e que mereceu da minha parte relembrar aos leitores desta página.
Obrigado Joel Cleto