NOTA: A quem consulte e aprecie este blogue e possa contribuir com comentários, críticas ou correcções têm a minha consideração.
Aqueles que por seu entendimento, possam ser proprietários de alguns elementos fotográficos, e pretendam a retirada dessa foto, agradeço que me seja comunicada para evitar constrangimentos pessoais.

Obrigado.

31 de outubro de 2013

Jazigo dos Barões de Ancede - Porto


Cemitério da Lapa, freguesia de Cedofeita, Porto - Portugal

Título criado por D. Maria II, em 7/10/1842, de 1º Barão de Ancede, a José Henriques Soares. Oriundo do Marco de Canaveses, freguesia de Soalhães, nasceu a 6/7/1785 e faleceu a 4/7/1853.
Barão de Ancede (Gisaweb)

Era filho de Joaquim José Soares e de Maria da Purificação e Silva. Casou pela 1ª vez, a 13/12/1812, com Teresa Delfina Campeam, nascida a 13/10/1779 e falecida a 16/7/1821, também conhecida por ser filha de João baptista Campeam, genovês e de Maria do Carmo, natural do Porto.
casou pela 2ª vez, a 24/7/1826, com Ana Máxima de Lima Machado, nascida a 15/4/1807 e falecida a 15/4/1873, era filha de António José Araújo Lima e de Ana Máximo Machado.
Leitura do brasão:
Tipo: Suíço ou Inglês (desproporcionado)
Material: Granito
Conservação: Razoável
Formato: Partido
Leitura: 
       I - Soares (de Albergaria)
       II - Araújo, de Álvaro Pires
Elmo: de grades, tarado de perfil à direita, com paquife
Timbre: de Soares (dragão volante)
Diferença: uma brica de ... com farpão

27 de outubro de 2013

Quinta Amarela ou Casa dos Cepêda - Porto

vista actual (em fase de restauro)

vista anterior às obras
Av. dos Combatentes (Antas) freguesia do Bonfim, Porto - Portugal

O portão armoriado situa-se num antigo lugar das Antas e ainda conhecido na zona como tal, e faz parte integrante de uma antiga quinta designada de Quinta Amarela.
Também é conhecida pela Quinta das Antas ou casa dos Cepêdas, tendo sido uma vasta propriedade que se encontra a norte da freguesia do Bonfim e com origens do séc. XVIII.
Até ao inicio do séc. XIX, a Quinta era um retiro pacato e suburbano rodeado de hortícolas que confrontava, a oriente, com a parte final da antiga rua de Montebelo, no alto do monte das Antas e que agora condiz aproximadamente com a Praça Velasquez e a Av. Fernão de Magalhães.
O conjunto incluía imóveis e grutas artificiais, provavelmente criadas durante o romantismo oitocentista, no miolo de um riquíssimo conjunto  de espécies vegetais e de percursos cuidados ao longo do terreno.
A propriedade, em cujas paredes sobressai a forte cor amarela, envolvida por passeios internos e árvores de grande porte, pertenceu à família Cêpeda, até ao fim do séc. XX e de que pouco se sabe sobre a história desta família.
Atualmente, a propriedade encontra-se a sofrer obras de grande dimensão, que irá alterar profundamente o conceito base da Quinta, estudo esse dirigido pelo Arquitecto Eduardo Souto Moura.

9 de outubro de 2013

Quinta de S. Gens, Srª. da Hora

R. de S. Gens, freguesia da Srª. da Hora, Matosinhos - Portugal 

A pedra de armas assenta sobre portal de granito com a seguinte descrição:
forma - Francês ou quadrado
leitura - esquartelado com sobreposto
I - Guedes
II - Pereira
III - Pinto
IV - Carvalhal ou partido com Oliveira/Soares
sobreposto - Leite Pereira
Coronel de Nobreza (Marquês)
Escudo assente em cartilha decorativa

Mais conhecida, pelos vizinhos, como Quinta Agrária. Também foi denominada Quinta do Viso. Está situada na cidade da Senhora da Hora, concelho de Matosinhos, à face da Estrada da Circunvalação. Pertenceu à freguesia de Ramalde e, antes da criação desta, à de Cedofeita.
A casa e os jardins são belos exemplares de arquitectura civil do século XVIII.
É uma velha quinta murada, próxima de um cabeço que na época da romanização terá funcionado de posto de vigia (ou "Viso"), e onde, na época medieval, terá sido erguido um pequeno templo em honra de São Gens. 
Esteve ligada, durante séculos, ao morgadio instituído em Ramalde a meados do século XVI, por João Dias Leite. 

Terá sido durante a administração de D. Maria Leite (falecida em 1738), ou dos filhos, que se realizaram as obras delineadas por Nicolau Nasoni, obra que deu-lhe enobrecimento no Porto.

Inicialmente esteve constituída por um corpo rectangular, com um torreão central recuado, grande pátio fronteiro à casa, escadas exteriores, e passagem central com acesso ao rés-do-chão.

Na década de 1920, a casa sofreu um incêndio, vindo a ser remodelada por um rico emigrante retornado do Brasil que a comprou aos antigos proprietários. Foi então que lhe foi acrescentado um prolongamento para Norte, ampliando o pátio para o mesmo lado, suprimindo as escadas exteriores e ajardinando o terreiro fronteiro com canteiros, palmeiras e arbustos, ao gosto expandido então, entre nós, pelos "brasileiros". Supõem-se que foi nessa altura que se transferiram as estátuas, tanque e bancos atribuídos a Nasoni.

Em 1928, a Quinta foi adquirida pelo Estado para nela instalar a Estação Agrária do Douro Litoral. Na década de 1930, o ajardinamento do pátio foi, de novo, remodelado e plantado com fruteiras. Ao finalizar a década de 1980, sob a orientação do Arqt.º Ilídio de Araújo, foi realizado novo arranjo do jardim.

Das obras supostamente delineadas por Nasoni, subsistem actualmente a estrutura básica da casa, o pátio murado com portão armoriado e janela mural artisticamente enquadrada, uma dezena de notáveis esculturas em granito, de salientar um conjunto de quatro intituladas "Primavera", "Estio", "Outono" e "Inverno". Subsistem ainda duas fontes, um cruzeiro, muros e uma fonte de uma bica, à retaguarda da qual está, voltada para o centro do terraço, uma escultura representando uma quimera de mulher. Além destas obras, pode ainda ser admirado um tanque-lago enquadrado por quatro bancos de pedra que ocupa a posição central de um belo jardim.

Actualmente é uma das quintas de apoio à acção da Direcção Regional de Agricultura de Entre Douro-e-Minho.
http://amigos-de-portugal.blogspot.pt

8 de outubro de 2013

Casa da Prelada - brasão de antigo jardim da casa - Porto

Rua dos Castelos, freguesia de Ramalde, Porto - Portugal
Os primeiros proprietários da Quinta da Prelada promoveram, entre 1743 e 1758, a construção de uma residência de verão na quinta, obra entregue ao italiano Nicolau Nasoni. A Quinta da Prelada integrava a Mata da Prelada, com árvores centenárias no seu interior. Visíveis do exterior observam-se 2 tílias de grande porte, 1 araucária e alguns choupos.
Referenciada nas Inquirições do séc. XIII com o nome de Petra Lata, em Ramalde. Os expedicionários liberais desembarcados ao Sul do Mindelo, em 8 de Julho de 1832, entraram na cidade na manhã do dia seguinte, pelo caminho que flanqueava essa quinta, ficando desde então associados ao movimento liberal. Na parte da quinta, no topo da Rua dos Castelos, localiza-se a casa "senhorial" com o portão de entrada principal. Este portão barroco é mais antigo que a própria casa, mandada construir em 1754; é dos fins do séc. XVII e é notável pela riqueza decorativa do brasão de família e das suas sereias. Segundo desenho inicial de Nasoni, a casa senhorial da Quinta da Prelada data do início da 2ª metade do século XVIII. Foi residência da família Noronha de Meneses até 1904, data em que foi doada à Santa Casa da Misericórdia do Porto.
Caros blogeur's, poderão também obter mais informações sobre esta Quinta e sua historia num trabalho que podemos considerar muito válido, no site http://www.idearte.org/texts/65.pdf, cuja autora Manuela Cunha (não me é familiar, embora pareça!). Poderão também consultar neste mesmo blogue em Torres-Torreões "Castelo mais pequenino de Portugal", outra belissima peça que pertencia à mesma quinta, outrora, de uma familia abastada, os Noronha de Menezes.


O brasão da foto, encontra-se no renovado jardim, cujo local se encontrava possivelmente a decorar a fonte:
Descrição do brasão:
          - Escudo: Português ou boleado
          - Formato: Partido, a II, Cortada
          - Leitura: I - Noronha
                        II - Vasconcelos
                        III - Câmara
                        IV - Pessoa
           - Coronel: de Nobreza