NOTA: A quem consulte e aprecie este blogue e possa contribuir com comentários, críticas ou correcções têm a minha consideração.
Aqueles que por seu entendimento, possam ser proprietários de alguns elementos fotográficos, e pretendam a retirada dessa foto, agradeço que me seja comunicada para evitar constrangimentos pessoais.

Obrigado.

30 de agosto de 2012

Capela de S. Simão - Vandoma

Av. da Republica, Vandoma, Paredes - Portugal
Capela situada à face da antiga estrada E.N. 15, designada por Av. da Republica, limita a freguesia que lhe pertence, com a freguesia de Baltar.
Pouco se sabe sobre esta edificação, sendo que em tempos idos foi geradora de alguns conflitos  territoriais, ora para alguns pertencia a Baltar, ora a outros seria de Vandoma.
Uma coisa é certa, nunca vi ninguém em volta dela e aparenta um isolamento total.
O dia especial para este santo é dia 28 de Outubro e existem frases populares sobre ele, tais como:

"No dia de S. Simão, quem não faz magusto não é bom cristão".
"Por S. Simão semear sim, navegar não."
"Por S. Simão, favas na mão."

Estes provérbios populares reflectem a actividade agrícola outonal: a sementeira da fava, a colheita da castanha e os magustos realizados, segundo as tradições de algumas vilas e aldeias de Portugal.

26 de agosto de 2012

Painel de Azulejos com brasão - Penafiel


Av. Zeferino Oliveira, nº 1, Penafiel - Portugal

Este painel está aplicado na fachada de uma casa antiga, em espaço interior de acesso à casa. Tem igualmente um portal em granito, simples  e caracteriza-se pela singeleza da época, provavelmente finais do séc. XIX.
O edifício foi recentemente utilizado pela Associação Florestal do Vale de Sousa tendo entretanto mudado as suas instalações daquela casa para outro local, desconhecendo-se a sua actual utilização.

O brasão assenta fachada lateral da casa e apresenta o seguinte descritivo:
forma: francês ou quadrado
leitura: partido
I - Queirós ou Ramalho
II - Madureira
Elmo tarado à direita, com paquife com plumas
Timbre de Queirós ou Ramalho
Diferença de... uma brica
O escudo é envolvido em motivos decorativos e condecorações

17 de agosto de 2012

Brasão no cemitério da Lapa - Porto


Cemitério da Lapa, freguesia de Cedofeita, Porto - Portugal
Caros amigos, lanço em repto, pela necessidade de identificar este brasão em bronze colocado num jazigo do cemitério da Lapa (duas imagens com algum pormenor).
Nele apenas consigo transmitir que pertence à familia Navarro. Pelo pouco que sei, o nome tem origem judaica e/ou eventualmente poderá estar associado ao 1º Conde de Lagoaça, António José Antunes Navarro. No mesmo cemitério, existe já um outro jazigo com as armas dele, I - Antunes e II - Navarro, com simbologia completamente diferente.
Os dois primeiros quadrantes são ambos esquartelados dentro do próprio esquartelado do escudo.
Agradeço a vossa curiosidade e participação.....

Posteriormente, descobri que do escudo são:
I - Navarro
II - Jordán
III - López
IV - Luna
O jazigo pertence à família de D. Manuel Navarro y Lópes Salamero y de Ayala que terá sido casado com Dona Maria de los Dolores Jordán y de Luna e ter sido ministro plenipotenciário (diplomata) nesta cidade.
Mais informações continuam a ser bem vindas.

7 de agosto de 2012

Nº de porta - Porto

Rua do Bonfim, Bonfim, Porto - Portugal

Esta foto refere-se ao numero de porta de uma papelaria muito antiga e de referencia, na rua do Bonfim, a papelaria Veludo.
Para espanto meu, continua "viva" e espero por muitos anos. Bem haja quem consegue preservar o estilo, nem que seja apenas da sua fachada.

5 de agosto de 2012

Farol da Srª. da Luz - Porto

Rua do Farol, Foz do Douro, Porto - Portugal

O farol da Senhora da Luz, já existiria nos finais do séc. XVII, mantido pela boa vontade de fieis devotos a Nª. Srª. da Luz.
A construção de um farol no alto da Srª. da Luz, na Foz do Douro, não está confirmada por documentos antes do séc. XVII, mas é certo que já existira uma luz no local, nos finais do séc. XV.
Em 1484, D. João II tomou as medidas para o desenvolvimento e regulamentação do funcionamento de fachos da linha de costa, provavelmente estando incluído este farol.
O Monte da Luz detém uma posição favorável, à época, com vista alargada dos domínios de S. João da Foz e de Bouças, como também, da região, seja do limite do Porto, seja para Norte, na direcção da Maia, na linha da costa, de Leça e Matosinhos até Aveiro.
Para alguns historiadores, consta-se que a sua construção remonta o ano de 1680, sendo que a sua confraria já invocava a importância do edifício na orientação da navegação para pedir a realização de obras que afirmavam serem muito necessárias.
Em 1758, por alvará de Marquês de Pombal, é determinada a construção de um farol devido as dificuldades de entrada no rio Douro. Em 1761 estava construído e já dotado de uma estrutura capaz de lhe granjear a designação de farol, considerado então como o primeiro que existiu na costa portuguesa.
O brasão que se encontra na fachada sul, dos "Horn", considerado como as armas de um abade de S. Tirso, D. Miguel da Silva, o mesmo que teria edificado a torre do Anjo, ali próximo.
Não se vê correlação do nome do abade com o nome de família Horn. Sabe-se, também, que Horn é o nome de um cabo, situado no ponto mais meridional da América do Sul.

Em 20/6/2017, recebi este interessante comentário que terá todo o interesse como análise futura de um eventual estudo desta Pedra de Armas de família, e a qual agradeço a Robert Illíng:

"Encontrei interessante o seu comentário sobre o Farol da Luz. O brasão é quase seguramente duma família holandesa "van Hoorn", especialmente de Jaan van Hoorn, segundo director da Campainha Holandesa das Índias Orientais ao fim do século XVII. A única diferença no brasão é que em Holanda tem como timbre uma estrela e no farol tem um braço armado com uma espada. Sei também que houve uma família  "da Hora" em Leça da Palmeira nos séculos XVII e XVIII. Dizem algumas pessoas que esses da Hora são da origem holandesa. É possível que da Hora seja uma variante aportuguesada de van Hoorn e que o primeiro dessa família viesse aqui como perito de faróis? É uma hipótese interessante! Talvez haja documentação sobre a construção do farol que daria uma resposta definitiva."


Robert Illing, Foz do Douro