NOTA: A quem consulte e aprecie este blogue e possa contribuir com comentários, críticas ou correcções têm a minha consideração.
Aqueles que por seu entendimento, possam ser proprietários de alguns elementos fotográficos, e pretendam a retirada dessa foto, agradeço que me seja comunicada para evitar constrangimentos pessoais.

Obrigado.

29 de junho de 2011

Brasão dos Mendonça e Barbosa - Penafiel

Rua do Paço, Penafiel - Portugal

Este belo brasão está inserido num edifício antigo, onde se encontra instalada a sede do Clube Penafidelense de Automóveis Antigos.
O escudo é do séc. XVIII, ultimo quartel e há registos que esta casa terá sido incendiada pelos franceses, na 2ª invasão, em 1809 e posteriormente restaurada.

O brasão assenta na fachada principal e apresenta o seguinte descritivo:
forma: de fantasia
leitura: partido
I - Barbosa
II - Mendonça
Elmo tarado a 3/4 à direita, com paquife com plumas
diferença - uma estrela de seis pontas
Virol sobre o elmo
Timbre de Barbosa
O escudo assenta sobre cartilha decorativa de inspiração fitomórfica, com correia de suspensão desapertada
"A Carta de Brasão de Armas (CBA), foi emitida em 20/09/1775, ao Bacharel António Barboza, familiar do Santo Ofício, natural e morador na Quinta de Segade, freguesia e Couto de S. Miguel de Bustelo, filho legitimo de Manoel Gomes Barboza de Mendonça, natural da freguesia de S. Vicente de Boim, e de sua mulher Dona Esperança Maria Pereira, natural  da freguesia de Bustelo. Neto de João de Mendonça Barboza e de sua mulher Maria Pinto dos Reys da fonseca, moradores que foram na sua quinat de campos da dita fregeusia de S. Vicente de Boim."

Nota: 
Informações retiradas de:
"Heráldica & Genealogia", Caderno do Museu, Penafiel, Museu Municipal nº. 5, 1999
Livro 2º de Registo das Cartas de Brasão de Armas, fls. 73v, no Cartório da Nobreza - ANTT

25 de junho de 2011

Afonso e Cunha - Palácio do Freixo - Porto

Rua do Freixo, Campanhã, Porto - Portugal

O edificio onde se insere este brasão foi mandado construir, em meados do séc. XVIII, pelo cavaleiro de Malta, Vicente Távora e Noronha, tendo sido habitado posteriormente por outros descendentes. Até que em 1850 foi vendido a um negociante, António Afonso Velado que em 1866, foi condecorado Barão do Freixo e três anos mais tarde Visconde do Freixo.
Este titular fez substituir, no seu palacio as pedras de armas que nele existia - armas dos Tavoras, pelas suas próprias, escudo partido de Afonso e Cunha. 
Descrição do brasão:
         - Escudo: Francês ou Quadrado
         - Formato: Partido, sendo o 1º também partido
         - Leitura: I - Afonso e Velado, II - Cunha

21 de junho de 2011

Quinta da Amoreira - Mouriz


Rua da Amoreira, 64, Mouriz, Paredes - Portugal

São Romão de Mouriz deve o seu nome aos mouros: Alqueidão, nome dum lugar de Mouriz, é árabe ou mouro.
Outro vestígio dos mouros é o nome do lugar de Amoreira que parece derivar de A. Moureira (lugar de muitos mouros ou mulher moura) tendo casa brasonada onde existem duas estátuas em granito com a figura de um chefe ou rei mouro, e de uma mulher moura, "a Moureira" sobre o portal.
As referidas estátuas, conforme documentado na foto, subsistem nas respectivas peanhas, encimando as pilastras que sustentam um frontão contracurvado tardo-barroco.

Situação singular, a Casa encontra-se ainda na posse de um descendente dos fundadores iniciais (Séc. XIII) ao qual mereceu a CBA, datada de 1802, de António de Lemos Coelho Ferraz de Sousa Rebelo e Vasconcelos.
Fotos de Francisco de Lemos Peixoto, ao qual agradeço

A pedra de armas assenta sobre o portal de entrada com a seguinte descrição:
forma - de fantasia
leitura - esquartelado
I - Sousa (do Prado)
II - Coelho
 III - Lemos
IV - Ferraz
Elmo tarado de perfil
Timbre de Coelho
diferença: uma brica de um farpão de ouro

Recentemente recebi contacto cujo conteúdo apresento e agradeço ao Dr. Cristiano Marques Costa que me ajudou a acrescentar mais informação sobre a família e sobre a pedra de armas, e do qual já efectuei as respectivas correcções.
Acrescenta o seguinte:
"Esta casa pertenceu ao Dr. Francisco de Lemos da Silva Peixoto, presidente da Câmara Municipal de Paredes, filho de Francisco Ponciano da Silva Peixoto, de Penafiel, e de Engrácia Coelho de Lemos Ferraz, filha do tabelião Jerónimo de Lemos Coelho Ferraz, desta casa, solteiro, e de Ana Ermelinda, solteira.
Engrácia era irmã do Dr. Albino de Lemos Coelho Ferraz, também presidente da Câmara Municipal de Paredes. Por sua vez, Jerónimo era filho de José Luís Coelho de Lemos e de Clara Maria Moreira Pacheco da Cunha." 
Fotos de Francisco de Lemos Peixoto, ao qual agradeço

A propriedade apresenta-se murada em todo o seu limite e é constituída por uma habitação principal, com capela anexa, lagares e eira, espigueiro, tanque, assim como de um edifico secundário destinado a alojamento de caseiro, armazenamento de produtos e alfaias agrícolas, cortes para gado.
A construção do núcleo da habitação data os princípios do séc. XVIII, incluindo da pequena capela, referenciada nas Memórias Paroquiais de 1758, em estilo barroco, de que são exemplos a fachada principal e o altar em talha dourada.
Na entrada da propriedade destaca-se o portão principal o qual se apresenta armoriado e encimado com duas estatuetas em granito representando a "Amoureira" e "Mouriz".
Fazem parte deste conjunto, duas janelas adossadas nos panos laterais do muro que enquadram o portão.
A "Casa da Amoreira" foi alvo de obras de restauro e conservação que não alteraram a estrutura da construção inicial, mantendo-se como um importante exemplo da típica casa rural minhota, construída na melhor tradição de fidalguia terra tenente do Portugal de Setecentos.



Fotos de Francisco de Lemos Peixoto, ao qual agradeço


Informação retirada de:
Monografia de Paredes de Dr. José de Barreiro
Agradeço a algumas observações como complemento a anónimo, e aos confrades, Manuel Guilherme Vasconcelos, a Eduardo Mascarenhas de Lemos a Pedro Bingre do Amaral e a descendente da família Francisco de Lemos Peixoto  que em troca de informação no Facebook permitiu adicionar informações relevantes sobre a família e a casa.


18 de junho de 2011

Placa de Rua - Porto

Rua Conde de Vizela, Porto - Portugal
(Antiga Rua do Correio e Rua do Correio-mor)

"Conde de Vizela (Carlos Cabral), herdeiro de um respeitável, honrado, distinto, que foi um dos impulsionadores fabris de Portugal e que sobremaneira se destacou pela sua acção. Está aí a atestá-lo a grande fábrica do Rio Vizela, honra a Industria Portuguesa.
O actual Conde de Vizela, inteligente como o seu Pai, tem sabido encarnar as primorosas qualidades que o adornavam e tem feito uma obra de assitência social marcante, digna de todos os louvores." (Notícia publicada no Almanaque Ilustrado de Fafe, em 1939)
Carlos José Cabral (1895-1968), visionário que promoveu a construção da Casa de Serralves, paradigma da Art Déco, em Portugal. 

12 de junho de 2011

Caves de Vinho do Porto "Calém" - V.N. de Gaia

Av. Diogo Leite (marginal de Gaia), V. N. de Gaia - Portugal

Fundada em 1859, por António Alves Cálem, a Porto Cálem permaneceu na mesma família durante quatro gerações e sempre prestou grande atenção à produção de Vinhos do Porto de qualidade, resultando num reconhecimento por parte de todo o Mundo do Vinho. No seu início, dedicava-se à exportação de vinhos para o Brasil em troca de madeira exótica, com frota própria, símbolo ainda hoje presente no logotipo da empresa: a Caravela.
O brasão segue a linhagem da familia "Beleza de Andrade" que está associada à familia Calém.
É um escudo francês ou quadrado, partido, com leitura de:
I - Beleza
II - Andrade
Virol e Timbre de Beleza
Elmo está voltado a direita, a 3/4, com grelha
Paquife com plumas 
Pedra em mármore aplicado sobre porta de entrada



5 de junho de 2011

Palacete de Belomonte - Porto

Rua de Belomonte, S. Nicolau, Porto - Portugal
Edificio construído na primeira metade do séc. XVIII para residência de uma familia nobre, os "Pacheco Pereira", constitui um exemplar significativo da arquitectura setecentista.
Em 1886 foi vendido á Companhia dos Caminhos de Ferro Através de África, que na frontaria, substituiu as armas dos Pacheco Pereira pelas suas, conforme se pode verificar com maior atenção nas eliminação de partes do mesmo brasão.

1 de junho de 2011

Azulejos setecentistas - Porto



Rua S. Miguel, nº 4, Porto - Portugal

Os azulejos apresentados na foto fazem parte de um conjunto de azulejaria, na fachada de um prédio, que se integra num conjunto harmonioso em que está representada a arquitectura portuense dos séc. XVII a XIX. A sua fachada encontra-se recoberta de azulejos setecentistas, com cenas do quotidiano e paisagens. Estes painéis são provenientes da sala do Capítulo, do Mosteiro de S. Bento da Vitória, muito proximo do local.
Infelizmente encontra-se maltratado pelo tempo, pela inactividade e negligência por parte do ser humano.