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17 de maio de 2015

Conde do Prado - a Vila e suas origens


Ponte do Prado
(Em 1510, a velha ponte medieval foi destruída por uma cheia do rio Cávado. A sua reconstrução não parece ter sido executada com grande qualidade, pois um século depois ameaçava ruir. Data do século XVII a mais importante reforma, responsável pelo aspecto actual da estrutura. Em 1616, segundo projecto de António de Castro e em plena contexto filipino, ela foi totalmente reconstruida, facto que, se por um lado, determinou a destruição de qualquer vestígio da construção medieval, por outro renovou este local de passagem, dotando-o de condições modernas de travessia e de atracção dos homens. A memória desta empreitada foi perpetuada numa inscrição que contempla as armas reais dos Filipes e as dos condes do Prado, assim como a origem do arquitecto: "António de Castro de a vila de Vianna".
(httt://www.patrimoniocultural.pt)


Prado é uma vila que pertence ao concelho de Vila Verde, sendo uma das freguesias limites com a cidade de Braga, antiga "Bracara Augusta". A sua localização tornou-se estratégica na época romana por ser local entre Braga, com os territórios a noroeste e ligação a Astorga. 
É uma região com lagos, devido ao seu solo argiloso, contribuindo à prática da industria da cerâmica conforme se pode comprovar com artefactos em barro e moedas desde essa época romana até à actualidade.
No séc. X, a região de Prado era já dominada pelos Condes de Portugal, sendo que no séc. XII era centro de atenções com várias doações por parte de D. Afonso Henriques ao arcebispo de Braga, D. Paio Mendes, como recompensa dos serviços prestados no âmbito da reconquista cristã.
Prado desenvolveu um povoado de relativa relevância regional, tendo recebido foral por parte de D. Afonso II, em 1260, numa altura de reorganização do país pós guerra civil.
Em 1445 esta vila era designada por Santiago de Francelos, embora passados cerca de 80 anos a sua denominação já estava consolidada com o nome de Santa Maria de Prado.
No séc. XVI, D. Manuel concedeu carta de foral, em 1510, num período de necessária organização administrativa, tendo como donatários os Condes de Prado, cujo primeiro titular foi D. Pedro de Souza.
Como marca deste foral temos o pelourinho, cujos símbolo territorial onde são já vincados com as armas simbolizadas no seu topo, isto é a marca nacional e a marca do donatário, os Sousa (de Prado).




Ainda hoje, o símbolo dos "Sousa" do Prado, é a marca da Vila de Prado para além de outras construções ainda existentes, é o caso do fontanário ou fonte de Stº. António, datado de 1691, embora a marca de brasão aparenta ter sido colocado posteriormente e da ponte acima documentada.



Designado por D. João III, de Conde do Prado em 1/1/1526, D. Pedro de Souza tomou como seu símbolo heráldico as origens de seus trisavós, por casamento de Vasco Martins de Souza, bisneto por varonia de D. Afonso II, de Portugal e Inez Dias Manoel, bisneta por varonia de D. Fernando III de Castela-Leão, personificada com o esquartelado das armas, com I e IV, as armas de Portugal e II e III, com as armas de Castela.

Esquartelado, com I e IV de prata, cinco escudetes de azul postos em cruz, cada um carregado de cinco besantes do campo; o II e III de prata, com leão de púrpura

Para além do titulo ter sido iniciado por D. Pedro de Sousa, em 1526, seus descendentes e herdeiros também lhes foi dado o direito do uso das armas desta família:

1 - D. Pedro de Sousa, 1º conde do Prado
2 - D. Luis de Sousa, 2º conde do Prado
3 - D. Francisco de Sousa, 1º marquês das Minas
4 - D. António Luis de Sousa, 2º Marquês das Minas
5 - D. Francisco de Sousa, 5º conde do Prado
6 - D. João de Sousa, 3º marquês das Minas e 6º conde do Prado
7 - D. António Caetano Luis de Sousa, 4º marquês das Minas
8 - D. Maria Francisca Antónia da Piedade de Sousa, 5ª marquesa das Minas
9 - D. Francisco Benedito de Sousa Lancastre e Noronha, 6º marquês das Minas
10 - D. Francisco Benedito de Sousa Lancastre, 7º marquês das Minas e 10º conde do Prado
11 - D. Joana Bernarda de Sousa Lancastre e Noronha, 8ª marquesa das Minas e 11 ª condessa do Prado
12 - D. Nuno Maria da Silveira e Lorena, 12º conde do Prado
13 - D. Alexandre Maria da Silveira e Lorena, 11º marquês das Minas e 13º conde do Prado
14 - D. Pedro Maria da Silveira e Lorena, 10 marquês das Minas
15 - D. Isabel da Silveira e Lorena,, 15ª condessa do Prado
16 - D. João de Castro de Mendia, 10º conde de Resende


http://viladeprado.no.sapo.pt/historia.htm
http://www.patrimoniocultural.pt
http://genealli.net
http://www.soveral.info
http://vilaverdeestaviva.blogspot.pt



3 de maio de 2015

Quinta da Carcereira - Porto

Pedra de Armas apeada do desaparecido portal, que se encontra-se no jardim interior da actual Casa de Saúde da Boavista. Era a antiga Quinta da Carcereira, situada na rua da Carcereira, actual Rua Pedro Hispano com a rua do Monte de Ramalde, na freguesia de Ramalde.

Descrição do Brasão
Classificação: Heráldica de Família
Escudo: Francês ou quadrado
Formato: Esquartelado
Leitura:
I e IV: Carneiro
II - Araújo
III - Vasconcelos
Timbre: de Carneiro, um carneiro do escudo
Elmo: de perfil com paquife
Diferença: uma brica carregada com farpão

Esta peça desenhada encontra-se inserida na obra da Gouveia Portuense, Portas e Casas Brasonadas do Porto e seu Termo, Porto: 1945, pág.68

Aquando da sua existência era descrita como: "Era a Carcereira ainda não há muito uma daquelas artérias - velho caminho arrebaldino - que, unindo o lugar da Travagem àquele outro do Carvalhido não passava duma quasi vereda. Hoje mais espaçosa, perdeu o atractivo caminho de aldeia e conjuntamente alguns motivos que a emolduravam. Nesse renovar desapareceu uma propriedade interessante para a qual se entrava pelo portal a que se refere esta nótula. Embora simples arquitectura, as suas linhas têm uma crta nobreza no conjunto, conquanto pareça deslocada do arranjo da pedra-de-armas, decerto feita para outra edificação. As pilastras almofadadas e decoradas, um tanto toscamente, rematam com acrotérios entre o quais se desraca a pedra de armas, em granito, no formato francês, que um mau ornato enfeita ao jeito de paquife." 

retirada as fotos e textos das obras:
Gouveia Portuense, Portas e Casas Brasonadas do Porto e seu Termo
As Pedras de Armas do Porto, Armando Mattos
Brasões e Pedras de Armas do Porto, Manuel Cunha