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Obrigado.

24 de novembro de 2015

Manuel Pinto de Azevedo - Bonfim, Porto

Tudo começou no nº 326 da Rua do Bonfim, Porto

Fachada do muro principal 

A Industria no Bonfim
O símbolo do brasão da freguesia do Bonfim tem como imagem três chaminés, bem elucidativas da identidade industrial, que desde cedo, despertou o interesse para o estabelecimento de fábricas e pequenas unidades fabris.
Brasão da Freguesia do Bonfim

A proximidade ao centro da cidade do Porto e a riqueza em águas que corriam na área, através dos mananciais de Mijavelhas, do Bispo, das Freiras ou da Cavaca, foram razões fortes para que o território do Bonfim se enchesse de chaminés e ruas com operários, transmitindo a imagem de grande desenvolvimento industrial.
A partir dos meados do séc. XIX, a periferia da cidade, e em particular do Bonfim, passam a ser os principais locais de concentração industrial e nomeadamente na indústria têxtil.
Em 1845 contavam-se 43% dos estabelecimentos industriais e 62% dos operários da cidade do Porto pertenciam às têxteis algodoeiras. Sete anos mais tarde, estes números aumentavam para 47% e 67%, respectivamente.
O Porto afirmava-se como líder do processo de industrialização e a freguesia do Bonfim começava a emergir como freguesia da indústria, sustentada sobretudo numa especialização têxtil e num conjunto de fábricas de pequena e média dimensão.
Em 1852, a freguesia do Bonfim tornava-se a líder laboral com 2027 operários e de 150 unidades em estabelecimentos industriais, superando todas as outras freguesias centrais ou periféricas da Invicta.
O fulgor industrial do Bonfim, que o colocou como a freguesia com maior número de unidades fabris e de operários da cidade do Porto, no séc. XIX prolongou-se pela primeira metade do séc. XX.
Em 1890, estava identificada uma fábrica de algodão (fiação e tecelagem), com 14 funcionários, na rua do Bonfim. Era uma entre muitas que por ali existiam, nalguns casos de dimensões bem superiores, tanto nas instalações como em funcionários.
Alçado Principal (estudo inicial) do nº 326

Tinha como número de porta o nº 326 e era dirigida por Carlos da Silva Ferreira, um pequeno industrial que a edificou em 1882 após autorização camarária.
Nos finais do séc. XIX, mais propriamente em 1894, surgiu o bonfinense Manuel Pinto de Azevedo, que de operário têxtil ascendia a director da Fábrica de Tecidos do Bonfim, pertencente a Carlos da Silva Ferreira, e que passaria para as suas mãos, em 1901, tomando as rédeas de um negócio que se transformaria num império.
Requer a ampliação da fábrica, por mais de uma vez, e adquire terrenos circundantes que lhe permite estabelecer condições de organização e melhorias de condições de higiene e trabalho dos seus operários.
No quarteirão entre as ruas do Bonfim, de António Carneiro e da Avenida Camilo, constrói uma creche, monta os escritórios e requer, no ano de 1921, a construção de garagens, habitação e de um clube, tudo isto numa área significativa para a época, e que se estenderá, ao longo da sua vida, em investimentos contínuos de larga escala, a nível nacional, bem como expandindo-se também internacionalmente, por Angola e Moçambique.

Manuel Pinto de Azevedo


Manuel Pinto de Azevedo
Nasceu pelas 7 horas da manhã, do dia 27 de Abril de 1874, em casa de seus pais, no Campo 24 de Agosto, na freguesia do Bonfim, e terá sido baptizado no dia 2 de Maio desse mesmo ano.
Teve como padrinhos de baptismo Manoel Alves Montes Júnior, solteiro, fabricante e Dona Rita de Jesus Conceição Moreira, casada e residente na Rua do Bonfim.
Era filho de António Pinto d'Azevedo, fabricante e natural de Stª. Maria de Gôve, Baião e de Emília Pereira da Silva, governante de casa, e natural de Stº. Ildefonso, no Porto.
Teve como avós paternos José d'Azevedo e Anna Maria Mendes e maternos Joaquim da Silva Moreira e Anna Pereira.
Casou com Laura Alves Viana, de 41 anos, filha de Damião Martins dos Santos Viana e de Felicidade Alves Viana, naturais de Rio Tinto, Gondomar. Seu matrimónio deu-se na igreja de Matosinhos, no dia 15 de Novembro de 1926.
Em 1891 matriculou-se na Escola Técnica de Faria Guimarães, tendo iniciado a sua actividade profissional de operário da industria têxtil em 1894, nos finais do séc. XIX, e ascendido a industrial no ano de 1901.
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A sua vida de Industrial começou na Fábrica do Bonfim, nº 326, cuja empresa pertencera ao industrial Carlos da Silva Ferreira que requereu a sua construção em 1882, e que serviria para sua habitação muito próximo da fábrica de fiação e tecelagem de algodão, com cerca de uma dezena de funcionários, que lhe pertencia.
Prédio nº 326

Era um prédio com uma fachada nobre, imponente, para a época, com altos janelões rectangulares e uma alta porta, bem como de vários gradeamentos trabalhados em ferro aplicados na varanda e a servirem de peitoril nas janelas.
Manuel Pinto de Azevedo, aos poucos, tornou-se um dos maiores empreendedores da sua época criando um autêntico império industrial, tendo-se destacado igualmente nas actividades políticas, como Republicano, e destacando-se como um pioneiro pelas questões sociais, promovendo aos seus funcionários condições de trabalho, de higiene, de saúde e de habitação de inigualável qualidade para a época.
Faleceu em Matosinhos a 16 de Fevereiro de 1959, pelas 22 horas e 30 minutos, com a idade 84 anos e 10 meses.

O seu Património do Bonfim
"O seu espírito de iniciativa aliada a uma assinalável competência técnica possibilitara-lhe uma rápida afirmação profissional, de tal modo que ainda antes de completar 30 anos de idade já tinha ascendido ao cargo de Director da Fábrica de Tecidos do Bonfim."
Iniciou a sua vida empresarial e, como industrial têxtil tornou-se proprietário no ano de 1901 após a sua ascensão e aquisição da Fábrica de Tecidos do Bonfim ao Industrial Carlos da Silva Ferreira, no nº 326, e que logo de imediato requereu licença para a ampliar.
“Ao mesmo tempo que consolida e desenvolve a Fábrica de Tecidos do Bonfim, dotando-a em 1914, de uma tinturaria, para além das actuais funções, fiação e tecelagem de algodão.”
Em 1916 solicita nova ampliação e vinte anos depois amplia de tal maneira que toma conta de uma área considerável no quarteirão que o insere. Este projecto prevê a melhoria das condições de higiene e trabalho dos seus operários, contando com os projectos dos arquitectos Manuel da Silva Passos Júnior e Leandro de Morais e dos engenheiros Mário Borges e Jorge Vieira Bastian.
Em 1921, o prédio adjacente com nº 328 e 334, é adquirido por Manuel Pinto de Azevedo, ao proprietário Serafim Ribeiro.


Prédio adjacente ao nº 326

Serafim Ribeiro apresentou proposta para a construção de sua futura habitação, no ano de 1868. Era fiscal e pertenceu à mesa administrativa da Irmandade do Santíssimo Sacramento e Senhor do Bonfim e Boa-Morte.
Em 1883, terá solicitado licença para acréscimo de um novo piso, com a introdução de um terraço e portais em arco quebrado e destacando-se pela sua fachada coberta de azulejos de tonalidade azulada e branca em contraste com o vermelho sangue das janelas e das portadas.
Para além destes edifícios, nos anos de 1916 e 1918 foram construídos dois edifícios situados na rua António Carneiro, considerados no Porto, como património arquitetónico e industrial por terem sido construídos no estilo de Arte Nova e dotados de linhas curvas e esbeltas, graciosidade e beleza, e decorado com painéis de azulejos.
Com fins específicos, o primeiro, licenciado em Novembro de 1916, teve a dupla função: de armazém, no piso inferior, e como centro político no restante espaço.
Este edifício serve essencialmente de armazém, dotado de amplos espaços e abertos, com excepção de dois compartimentos de divisões reservados a serviços de secretaria e de reuniões de direcção.
Peças desenhadas

A parte referenciada de centro político tratava-se do Centro Republicano do Bonfim, criada para intervenção cívica e politica na vida local e da cidade.
O segundo edifício, aprovado em 25 de Julho de 1918, teve como objecto específico a higiene e o bem-estar dos seus operários, com a criação de uma cantina e uma pequena creche, balneários e dormitório.
Peças desenhadas

O Arquivo Histórico Municipal do Porto guarda nos seus arquivos documentação de ambos os edifícios, como as plantas e alçados desses espaços.
No entanto, Manuel Pinto de Azevedo desenvolve a sua Fábrica de Tecidos Aliança, localizada na rua António Carneiro, tornando-a mais preponderante na vertente social e engrandecendo-a em número de operários.
Outros edifícios são adquiridos, por Manuel Pinto de Azevedo, no quarteirão que circunda a rua do Bonfim, rua António Carneiro e agora na Av. Camilo com as imponentes garagens que acresce ao já seu valioso património.

Outras intervenções, investimentos e sociedades
A sua experiência e conhecimentos adquiridos neste seu percurso de vida irão ser-lhe de grande utilidade para os seus planos de investimentos que irá prosseguir nos anos seguintes.
Manuel Pinto de Azevedo “era já um industrial de renome, desdobrando-se em múltiplas iniciativas, em seu nome próprio ou associado com outros industriais ou capitalistas, fundando novas fábricas e adquirindo outras, ampliando-as e renovando os seus equipamentos, afirmando-se cada vez mais como um dos principais empresários do país no sector da indústria têxtil algodoeira.”
De forma resumida poderemos percorrer etapa por etapa a caminhada levada a efeito ao longo da sua vida, onde se verificam as variadas aquisições sucessivas, de importantes unidades do ramo algodoeiro, constituindo um importante e autêntico império industrial, e que se passa a descrever;
- Iniciou com a Fábrica de Tecidos do Bonfim, em 1901, melhorando-a periodicamente, tendo criando, igualmente, condições de higiene e de trabalho com a implementação dos novos edifícios envolventes já referidos atrás;
-Em Outubro de 1917 arrendou a Fábrica de Fiação e Tecidos de Soure, “a qual veio a adquirir em 1924, em associação com o empresário Manuel Alves Soares, seu parceiro de múltiplos negócios”;
Documento

- Em 1920, adquiriu a Fábrica de Fiação de Tecidos da Areosa, no Porto, que tinha sido fundada por Pantaleão Dias e Lobão Ferreira, tornando-a uma das mais importantes na cidade do Porto, pela importância social e sua dimensão fabril, fazendo dela um símbolo de referência nacional.

Existem umas imagens registados em filmes, produzido pela "Gloria Film", no ano de  1927, com possível visualização no YouTube, de um documentário sobre a industria e os meios de produção do sector têxtil da Fábrica da Areosa;
- Em 1922, com a aquisição da mais importante fábrica do seu império industrial, a Empresa Fabril do Norte (EFANOR), na Srª. da Hora, em Matosinhos, que chegou a empregar cerca de 3000 funcionários, também conhecida como fábrica dos carrinhos e linhas de algodão, que tinha sido fundada por Delfim Pereira da Costa, no ano de 1905. O seu investimento foi de tal importância, tendo-a renovado e ampliado e introduzido um importante conjunto de equipamentos sociais para os seus operários, onde aplicou os seus conhecimentos em grande escala ensaiados na sua primeira fábrica do Bonfim, com a criação de refeitórios, dormitórios, balneários e cantinas;
Estampa

Estampa

- Em 1928 adquiriu outras unidades têxteis, a Fábrica de Fiação e Tecidos de Sá, em Ermesinde, concelho de Valongo e a Fábrica de Tecidos Aliança, na Giesta, em Rio Tinto, no concelho de Gondomar. Na primeira e mantendo com os seus objectivos sociais, há registos de ter criado uma cantina, e fundado “uma padaria na fábrica destinada exclusivamente ao fornecimento de pão aos operários e de uma cooperativa de consumo, onde eles poderiam abastecer-se de géneros de primeira necessidade a preços muito mais baixos”;

Fábrica de Sá, Ermesinde

Fábrica da Aliança, Rio Tinto

Este importante núcleo fabril permitiu uma mudança estratégica por parte deste empreendedor, permitindo já em 1924 orientar-se para a criação de um entreposto comercial com a criação do Entreposto Comercial e Industrial do Norte, conjuntamente com os bancários Francisco e António Borges, que funcionaria como central de compras do grupo, nomeadamente para a aquisição de algodão e papel de jornal.
Mais tarde e por forma a complementar esta nova fase, em 1933, a mesma sociedade criaram duas novas sociedades distribuidoras direccionadas para as colónias portuguesas, de modo a estabelecer a venda e a promoção dos seus produtos com vista a implantar no mercado colonial, a União Industrial Algodoeira, Lda., para Moçambique e a Algodoeira Colonial, Lda., para Angola, onde possuía vastas plantações de algodão no distrito de Quanza.

Já na década de cinquenta, junto com outros empresários criou a Sociedade Algodoeira de Portugal com o objectivo de fomentar a industria têxtil nas colónias de África.
Noutros âmbitos de actividades poderemos referir a sua particular actuação no sector da imprensa, nomeadamente nos jornais O Norte e o Primeiro de Janeiro, tendo-se tornado o maior accionista no ano de 1923 e desde esse período como Presidente do Conselho de administração até sua morte. 

As transformações e melhoramentos introduzidos no panorama da imprensa diária, tanto na componente redactorial como na gráfica, fez do jornal a sua afirmação dos mais bens elaborados no campo da informação nacional, posição que manteve durante décadas.
As suas actuações também se direccionaram na industria conserveira, fundando em 1929 a Continental Sociedade de Conservas, em Matosinhos, na cortiça, com a Sociedade Corticeira Robinson Bros. Lda., em Portalegre, na Companhia Portuguesa do Cobre, no Porto, e na importante firma portuense António Maria Tavares, Júnior, Lda.
Estabeleceu investimentos no sector vitivinícola, em explorações agrícola, sendo proprietário de várias quintas em Amarante, Macedo de Cavaleiros e Régua, sendo as mais reconhecidas as quintas de família, Quinta das Murças e a Quinta de Vale de Pradinhos, tendo-as desenvolvido e ampliado na comercialização de vinho, azeite, cortiça e caça, bem como na componente turística com a implementação de Estalagem
Do mesmo modo interveio no sector eléctrico, através da União Eléctrica Portuguesa, na vertente bancária, pelo Banco Borges & Irmão (1924) e em seguradora, na Mutual do Norte.
Funda e adquire, entre outras empresas o Interposto dos Açucares Coloniais do Norte e com outros accionistas a Companhia Arrozeira Mercantil e a Sociedade Mercantil e Industrial.

Sua Intervenção Social e Politica
Com ideais republicanas desde a juventude e já como empresário criou numa das suas instalações, o Centro Republicano do Bonfim, para intervenção cívica e política. 
Tornou-se membro da sociedade detentora do município do Porto e foi eleito vereador logo após a queda da monarquia em 1911, mantendo a sua municipalidade em 1914 e até 1919, cargo que desempenhou até Outubro de 1921, ano em que se afastou voluntariamente.
Foi mesário na Santa Casa da Misericórdia do Porto entre 1926 e 1938 e entre 1941 e 1945 e nessa qualidade assumiu a administração do Hospital Sanatório Rodrigues Semide, tendo exercido benefícios e melhoramentos.
Em toda a sua vida teve para além de um grande espírito de empreendedorismo, uma elevada consciência social, na melhoria das condições de trabalho, no desenvolvimento e renovação da maquinaria e no bem-estar dos seus funcionários, com a implementação de várias valências sociais, muito à frente da sua época, de enorme atractivo para quem lá trabalhavam. Foram construídas nas instalações industriais, creches, escolas, corpo de bombeiros, pavilhões e campos desportivos, salas de convívio e moradias providas de casas de banho e ainda de terrenos com hortas e jardins, com a atribuição de prémios para quem apresentasse a melhor e mais florida parcela particular.

Acções cívicas
Procedeu a uma participação publica pessoal, em benefícios e benemerências em instituições publicas e privadas, em vários hospitais e casas de caridade do Norte e Centro do País e em escolas primárias da cidade.

A sua filantropia, a sua actividade empresarial e cívica publica mereceu uma recompensa nacional com a imposição de grau de Grande Oficial da Ordem de Cristo e de Oficial da Ordem da Instrução Publica. 
Homenagem aos Benfeitores e professores da escola infantil nº 1, na Praça da Alegria, Porto



fontes de informação:
- https://pt.wikipedia.org
- http://umolharsobreriotinto.wordpress.com

15 de novembro de 2015

Fez 11 meses - lançamento de livro "Brasões e Pedras de Armas da Cidade do Porto"


A 15 de dezembro de 2014 realizou-se o lançamento do meu livro, com o patrocínio da Obra Diocesana de Promoção Social", que nesse ano comemorou os seus 50 anos de existência, o qual expresso os desejos de muita longevidade e a minha gratidão.
O conteúdo da obra teve como objectivo a recolha de "todos" os brasões e pedras de armas visíveis pela cidade do Porto, com a sua descrição heráldica conjugadas com pequenas historias da família  ou sobre a casa onde se inseria a peça.
O objectivo deste inventário era, dar conhecimento à população da cidade, a todos aqueles que têm pela heráldica um gosto próprio e igualmente a todos aqueles que pela cidade do Porto nutrem um carinho muito identitário.
Quero aqui expressar que para além de ter corrido muito bem o evento, no Museu Soares dos Reis, com a presença do Sr. Bispo do Porto, e das presenças do Sr. Presidente da Câmara, Dr. Rui Moreira, e do Dr. Manuel Pizarro e outras individualidades dispersas, poderão visualizar pequenos extractos neste site, da câmara:

http://www.porto.pt/noticias/livro-brasoes-e-pedras-de-armas-

Neste dia, pretendo transmitir aqui vários sentimentos, alguns antagónicos, que pretendo mencionar:

- em 11 meses passados devo dizer que tive o prazer de ter divulgado e espalhado por muita gente este singelo livro. Devo dizê-lo que, foram editados 1000 livros e que até à data  pelo menos mais de 2/3 já foram diluídos por amigos, familiares, heráldistas, alfarrabistas, etc... e espalhados por todo o País.
Entendo que o meu objectivo foi alcançado e nunca esperaria ter ido tão longe neste meu sonho.

- lembrar uma pessoa, familiar muito querida, que muito contribuiu na elaboração do livro, na sua revisão, na elaboração do prefácio, na apresentação do livro no dia do seu lançamento  - a minha prima, Margarida Álvares da Cunha. 
Infelizmente, por motivos de doença, partiu em 26 de agosto de 2015, e deixou-nos uma saudade imensa, tendo deixado a sua alma, coração e transmitido a todos os seus entes queridos o sentimento de amor, paz, e tudo o que de Bom que se possa querer entre o ser humano.
A sua memória será sempre lembrada, com um sentido de alegria, seu desejo final.
Obrigado prima!

1 de novembro de 2015

Pedra de Armas do Palacete de Morais Alão, Porto

Brasão dos Amorim Gama Lobo

Descrição: 
Material: Granito
Época: Séc. XVIII
estilo: Barroco
Conservação: Bom, com algum desgaste
Escudo: de Fantasia
Formato: Esquartelado
Leitura:
             I - Amorim
             II - Gama (de Vasco da Gama)
             III - Lobo
             IV - Magalhães
Elmo: gradeado, tarado de perfil

Imagem do Arquivo Histórico do Porto (anos 50)

A pedra de armas que se encontra encostada a um dos muros do jardim do Museu Soares dos Reis está exposta a visita publica. Pertenceu à fachada do palacete de Morais Alão, situado na antiga Praça das Hortas, actual Praça da Liberdade, no Porto.

Antigos Paços do Concelho ou Palacete Monteiro Moreira

O edifício central serviu de Paços do Concelho aquando a Praça das Hortas, à época ainda era uma área central da cidade, de encontros sociais, políticos e económicos.

Palacete Morais Alão (à esquerda)

O palacete de Morais Alão, à esquerda da Câmara Municipal, que se encontra adjacente, onde se vislumbra no frontão principal, no seu topo, a estátua do "Porto", agora situada à entrada da rua da Fábrica, junto ao Banco de Portugal.
Serviu de apoio ao edifício da Câmara e o seu brasão deste palacete, sobre a sua porta de entrada, tem correspondência histórica com a casa de Bonjóia, dado que contemplam as mesmas armas de D. Lourenço Amorim Gama Lobo, que pela relação de casamento de seu filho com a família Portugal e Menezes, a sua sobrinha e herdeira foi detentora da venda desta casa, tendo sido demolida aquando da abertura da Avenida dos Aliados, em 1916.

recolha de informação:
http//portuense.blogspot.pt
facebook: portodesaparecido
da obra "Brasões e Pedras de Armas da cidade do Porto", de Manuel Cunha