NOTA: A quem consulte e aprecie este blogue e possa contribuir com comentários, críticas ou correcções têm a minha consideração.
Aqueles que por seu entendimento, possam ser proprietários de alguns elementos fotográficos, e pretendam a retirada dessa foto, agradeço que me seja comunicada para evitar constrangimentos pessoais.

Obrigado.

26 de março de 2011

Actual entrada da Junta de Freguesia de Vairão

Vairão, Vila do Conde - Portugal
S. Salvador de Vairão tem origens remotas, como o comprovam a existência de vários documentos já no século X.
O mais antigo desses documentos é a carta de doação da Villa Valeriani e duas igrejas, de 974, feita pelo presbítero Romario e sua irmã Emilo ao mosteiro de Vairão, de onde se conclui a sua existência já neste período, e que o cenóbio era duplex e subordinado a uma abadessa, apontando-se para o século XII a sua transformação para cenóbio feminino beneditino.
Colhia os dízimos de várias paróquias, como Gião, Fornelo, Modivas, entre outras. O mosteiro de Vairão, com nove séculos de existência, encerrou as suas portas com a morte da última abadessa, em Dezembro de 1891.
O Castro do Boi (lugar de Crasto) foi uma importante fortificação na Idade Média tendo sido o castelo que dominava militarmente praticamente todo o sul do concelho de Vila do Conde.
A análise ceramológica do local permite no entanto perceber que foi um castro antes de ser castelo. Encontra-se muito destruído por pedreiras e por inúmeras construções na sua área.
Em termos arquitectónicos, para além da existência de inúmeras casas de quinta, destaca-se a Capela de S. João, imóvel de interesse público, revestida de azulejos policromos de padrão e com um retábulo de talha dourada, cuja época de construção se aponta para os séculos XIV / XV.
Ainda em Vairão estão instalados o Campus Agrário, os serviços da Direcção Geral da Agricultura de Entre Douto e Minho, bem como o Museu Agrícola de entre Douro e Minho, instituição galardoado pela UNESCO em 1991.
Vairão fez parte do concelho da Maia e foi integrada no concelho de Vila do Conde pela divisão administrativa de 1836.
(http://www.cm-viladoconde.pt/PageGen.aspx?WMCM_PaginaId=37784)


24 de março de 2011

Prédio Particular - Porto

Rua Chã, 83, Porto - Portugal
Casa dos finais do Séc. XV, levou o brasão já posteriormente aquando de sua pertença a Manuel Álvares de Castro, no séc. XVIII.
As pedras de armas concedidas ao sargento Manuel Álvares de Castro, fidalgo da Casa Real e Cavaleiro da Ordem de Cristo, oriundo de Arrifana do Sousa, actual Penafiel, casado com Maria Joana Jacinta Pereira Leal do Lago.
Descrição do brasão:
         - Escudo: Francês ou Quadrado
         - Formato: Simples
         - Leitura: I - Castro

22 de março de 2011

Placa de Rua - Paredes

Praça de José Guilherme, Paredes - Portugal
Nasceu na cidade do Rio de Janeiro, filho de Manuel Albino Pacheco e Maria de Jesus Pacheco Cordeiro, emigrantes portugueses então ali residentes.
Com apenas seis meses de idade foi para Portugal, acompanhando os pais que regressavam ao seu país de origem. A família fixou-se então em Nevogilde.
O pai faleceu em 1826, quando José Guilherme Pacheco tinha 13 anos de idade, o que o obrigou a iniciar cedo uma vida profissional.
Voltou então para o Brasil, trabalhando no Rio de Janeiro, de onde regressou a Portugal cinco anos depois.
Matriculou-se em 1845 no Colégio da Formiga, em Ermesinde, onde fez os estudos preparatórios para a Universidade de Coimbra, na qual se matriculou no curso de Direito. Concluiu o seu curso em 1852, instalando-se em Paredes como advogado, actividade que manteria durante mais de 30 anos.
Influente a nível local e regional, ingressou na política, tendo sido presidente da Câmara Municipal de Paredes entre 1864 e 1871, voltando a ocupar o lugar em 1878. Paralelamente, a partir 1859 foi por várias vezes eleito deputado às Cortes.
Foi governador civil do Distrito de Angra do Heroísmo (1865-1866), presidente da Junta Geral do Distrito do Porto e presidente da Comissão Inspectora das Escolas Normais.
Nas funções de deputado foi influente na criação da Escola Normal do Porto.
A 22 de Junho de 1875, a Câmara Municipal de Paredes declarou-o cidadão benemérito devido à sua contribuição para aquele concelho, nomeadamente a criação da Comarca de Paredes, a instalação do telégrafo, a passagem da linha férrea do Douro por Paredes e a construção de grande parte das estradas e escolas do concelho.
A sua influência era tal que levou a que fosse alcunhado o rei de Paredes. José Guilherme Pacheco é recordado na toponímia de Paredes, onde o Parque José Guilherme Pacheco ostenta o seu nome e onde em 1927 foi erigida uma estátua em sua honra.
O seu nome é também lembrado na Associação Cultural José Guilherme Pacheco, de Castelões de Cepeda, Paredes.
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Guilherme_Pacheco)

15 de março de 2011

Casa da Portela - Sobrosa

Rua da Portela, Sobrosa, Paredes -Portugal


Casa da Portela (Sobrosa) - "Paredes-meias com a casa do Muro, uma das mais ricas e prestigiadas do séc. XVII... em 1786, era propriedade do casal Francisco Machado da Cunha Almeida e Miranda e de Dona Clara Maria Vieira.
(...) Esta senhora irá doar a casa e quinta da Portela ao Padre António Ferreira Coelho da Silva Barbosa, um dos quatro filhos de Bento Coelho da Silva, da casa do Muro, casada com Mariana Barbosa, da casa do Bodo." (pág. 193/199 da obra: Sobrosa - História e Património, de Dr. José Pinto)


Pertença dos Pintos e Almeidas, como indica o brasão que coroa a entrada principal do edifício, a Casa da Portela é, no entanto, um imóvel bem anterior a 1788, data em que foi adquirido por esta família. Sabe-se que a casa já existia no séc. XVII, pertencendo, em 1629, a Francisco Saraiva e a sua mulher Britis Aranha (REGALEIRA, 1927, p.7). É possível que a estrutura original remonte a esta época, ou a  um período anterior, mas a opção pela planta em U e a regularidade dos alçados são indicadores da sua execução na centúria de Seiscentos, no decorrer da qual este género de planimetria constituiu uma das principais novidades (AZEVEDO, 1969, p.55 e ss.).
A fachada principal é ritmada pela abertura de vãos simétricos, cuja leitura converge no eixo central, formado pela porta e brasão que a remata. Na verdade, este é o elemento estruturador de toda a composição, uma vez que a sua exibição em lugar de destaque exprimia a imagem de poder e de prestigio que os seus proprietários pretendiam transmitir. É possível que tal implique uma remodelação deste alçado, ou apenas a inserção do brasão, a partir de 1788.
Um friso linear marca a separação entre o rés-do-chão e o andar nobre, acentuando a horizontalidade do conjunto. Estruturados em função da entrada, os vãos apresentam uma composição idêntica de ambos os lados: duas janelas de sacada a que corresponde igual numero de janelas de peito no piso térreo, flanqueadas por uma janela do andar nobre e uma fresta no inferior. A porta principal, de verga curva (tal como todos os restantes vãos), é encimada por frontão semicircular interrompido pelo brasão. O corpo, que se desenvolve num plano ligeiramente recuado, mantém as mesmas linhas compositivas, com janelas de guilhotina e portas de verga recta.
Contrastando com esta fachada de aparato, o alçado posterior é mais intimista, abrindo-se para um pátio através de uma varanda alpendrada assente sobre arcaria, antecedida por dupla escadaria.
A capela é uma construção posterior, que remonta a 1826, e que se insere numa outra campanha de obras de ampliação do edificio cujo alcance não se determina, mas que poderia corresponder ao corpo em que o templo se inscreve (REGALEIRA, 1927).
Apesar da dificuldade em determinar as diferentes campanhas de obras de que o imóvel foi objecto, este é um testemunho significativo do carácter da arquitectura civil portuguesa, que foi integrando elementos caracteristicos de cada uma das épocas, sabendo adaptar-se ao gosto e exigência dos seus proprietários, desde a depuração maneirista até ao gosto do aparato barroco, ou à vida oitocentista.
(Rosário Carvalho)


https://www.facebook.com/groups/estoriasdecasascomhistoria

8 de março de 2011

Palacete dos "Guedes" - Porto

Praça da Batalha, Porto - Portugal

Descrição do brasão:
         - Escudo: Francês ou Quadrado
         - Formato: Esquartelado (partido e cortado)
         - Leitura: I - Silva, II - Guedes; III - Melo e IV - Pereira
O palacete da batalha foi mandado construir por um fidalgo cavaleiro da Casa Real nos finais do século XVIII.
Por falecimento deste, o palácio veio a pertencer a outros proprietários também fidalgos da Casa Real.
Sendo que o último a habitar o palacete permaneceu nele até 1832.
Foi este o seu último proprietário que mandou colocar na frontaria do palácio, sobre a janela central, o gracioso brasão (um escudo esquartelado dos Silvas, Guedes, Melos e Pereiras, assente numa tarja acompanhada de troféus e encimada por um coronel já bastante mutilado), que ainda hoje lá se encontra, apesar de o palácio ter mudado de dono há mais de um século.
O palacete da Batalha é uma casa de grandes proporções, bem dividida e luxuosa. Conta-se que o seu salão de baile, onde nos seus tempos áureos se realizavam animadas festas, era um dos maiores da cidade. Nas traseiras do palacete existia um vasto jardim que veio a ser destruído, para nele ser construído um novo edifício, destinado às encomendas postais, para substituir o outro, bastante arruinado e exíguo, que ficava na embocadura da Rua de Santo Ildefonso, junto da igreja paroquial.
Aquando do Cerco do Porto 1832,os proprietários abandonaram o palacete, refugiando-se na sua Quinta da Aveleda.
Nesta altura o governo tomou então conta do palácio e instalou nele diversas repartições públicas, tendo servido também como hospital de sangue durante a guerra civil.
Em 1842, já no reinado de D.Maria II, o palacete da Batalha foi restituído ao seu proprietário (Manuel Pedro Guedes da Silva da Fonseca), mas bastante danificado em consequência da ocupação de que foi alvo durante os dez anos que se seguiram ao Cerco.
Em 1861,quando a Câmara Municipal mandou terraplanar o Largo da Batalha para nele erguer o monumento a D.Pedro V, o palácio ficou cerca de um metro mais alto que o pavimento da praça, tendo a Câmara dado ao seu proprietário 800.000 reis para pagar os prejuízos causados ao edifício. Manuel Guedes aproveitou essa verba para rebaixar o pavimento inferior do palácio até ao nível da praça (rebaixamento ainda hoje bem perceptível nas paredes da fachada, por baixo das primeiras janelas), o que conferiu muito mais elegância e merecimento ao palacete, cujas lojas, cocheiras e mais oficinas eram inicialmente muito baixas.
Depois destas obras, os proprietários pouco tempo mais residiram no palacete.
Em 1863,o seu rico recheio foi a leilão e, no ano seguinte, foi alugado ao Estado para nele serem instaladas a estação central dos CTT, a Direcção das Obras Públicas e outras repartições, acabando o Estado por o comprar, em 1881.
Actualmente funcionam neste edifício os CTT e a Portugal Telecom.



5 de março de 2011

Colégio de Nª. Srª. da Esperança - Porto

Av. Rodrigues de Freitas, nº 349, Porto - Portugal
Este estabelecimento de ensino tem já uma história centenária, a sua construção iniciou-se em 1724, com verbas deixadas em testamento pelo Reverendo Manuel de Passos Castro. Começou por ser um local destinado ao ensino e recolhimento de órfãs, daí o seu nome primitivo, Recolhimento de Meninas Órfãs de Nossa Senhora da Esperança. Em 1731 entraram para o Recolhimento as primeiras 20 meninas. Além do ensino da leitura, escrita e da aritmética, havia as disciplinas de lavores, desenho, música, canto coral, religião e moral. Com o decorrer dos anos, o estabelecimento de ensino foi-se abrindo a alunas que o escolhiam como local de ensino.
Para fazermos uma ideia do que era essa pedagogia, bastar-nos-à lembrar a grande semelhança que, não obstante decorridos mais de 200 anos, se nota entre a pedagogia adoptada e a que, modernamente, se vem apontando e aplicando como o que de melhor corresponde aos interesses das educandas e até dos mestres.
Actualmente, o Colégio tem vindo a crescer. Possuindo vários níveis de ensino, tais como Creche, Pré-escolar, Básico e Secundário (com cursos Cientifico-Humanisticos, nomeadamente os Cursos de Ciências e Tecnologias, Ciências Sociais e Humanas e Ciências Sócio-Económicas). Prevê-se que brevemente seja possível abrir os Cursos Tecnológicos. (http://www.scmp.pt/PageGen.aspx?WMCM_PaginaId=1014)

3 de março de 2011

Quinta Particular - Covelo, Gondomar

Largo Luis Lobo, freguesia do Covelo, Gondomar - Portugal

Esta quinta era pertença da família Carneiro Albuquerque, já não residente.
Era cabeça do Morgado de Côvelo, que também incluía bastantes propriedades no vizinho lugar de Gens, lugar este, pertencente à freguesia da Foz do Sousa, do mesmo Concelho.
A pedra de armas assenta sobre uma cartilha em granito com centro quadrado onde assenta o escudo com a seguinte descrição:
forma - português ou boleado
leitura - simples ou pleno,
I - Carneiro
Elmo tarado de perfil e com grade
Paquife com plumas

" A Quinta do Covelo ou Casa Particular da Quinta pertenceu a uma das famílias mais distintas do País - a dos Carneiros. Sobre a verga do portão, assentam duas pirâmides, de cujo lado interno sobem duas pedras espiraladas em sentido inverso nos topos, apoiando-se na pedra de escudo ao meio. O campo do escudo é tripartido por duas secantes que descem do meio do lado superior, vê-se em cada divisão uma flor de liz, cobrindo a origem das secantes um pequeno escudete com uma águia, subindo em voo vertical - símbolo das aspirações dessa família - como timbre, o elmo e, por cima a cruz. O brasão de armas dos carneiros está no frontão da capela em granito lavrado: duas folhas de acanto estilizado envolvem o campo escudo; nesse estão dois carneiros passantes, separados por uma banda carregada de três de liz, como timbre o elmo. No interior da capela, à frente do altar-mor, está o mesmo brasão em lindos azulejos policromos. É tradição que a quinta fora honra: todos os criminosos que por aí se refugiassem não podiam ser perseguidos pela autoridade (Silva, 2000).

Rede de Parques Metropolitanos na Grande Área Metropolitana do Porto - Relatório Final, Fevereiro de  2009

1 de março de 2011

Dístico em fachada de prédio - Porto

Rua do Bonfim, 224, Porto - Portugal
Estas placas encontram-se fixadas em prédios que se encontram seguros, por empresas seguradoras, na cidade do Porto. Cada simbolo pretende identificar a companhía seguradora de modo publicitário e demonstrar todo o cuidado demonstrado por parte do proprietário, como seu bem imóvel, perante a cidade. Creio que este distico tem as suas origens nos finais do séc. XIX.