NOTA: A quem consulte e aprecie este blogue e possa contribuir com comentários, críticas ou correcções têm a minha consideração.
Aqueles que por seu entendimento, possam ser proprietários de alguns elementos fotográficos, e pretendam a retirada dessa foto, agradeço que me seja comunicada para evitar constrangimentos pessoais.

Obrigado.

16 de abril de 2013

Brasão do 1º Visconde de Oliveira do Paço - Sobrado




Rua S. João de Sobrado, lugar do Paço, freguesia de Sobrado, Valongo

António Martins de Oliveira, foi o 1º Visconde de Oliveira do Paço, cuja mercê terá sido dada por D. Luís I, em 15 de maio de 1879.
Nascido em Sobrado, Valongo, na Casa do Paço, a 12/08/1838 e faleceu a 23/06/1889.
Desta figura pouco se sabe, sendo que lhe foi reconhecido pela sua filantropia de ter contribuído às suas custas com toda a construção do cemitério de Sobrado, donde era natural.
O cemitério confronta logo pela entrada principal com a capela que lhe foi erigida, criando o centralismo na sua pessoa.
Pela placa colocada no portão principal pode-se constatar duas fases, a construção do cemitério e a sua ampliação, tudo à custa deste benemérito.
Era considerado um "capitalista abonado e um perfeito cavalheiro", casou com Joaquina da Costa Ferreira (nasceu no Rio de Janeiro, 27/02/1843 e faleceu a no Porto, a 11/11/1887), no Brasil, em Candelária em 1859.
Teve duas filhas, Maria Ferreira de Oliveira (n-1860) e que terá casado com Manuel Ferreira Freitas Guimarães, e Amélia Ferreira de Oliveira (n-1862) que terá casado com Francisco Maria Dias da Costa.
Do primeiro casal resultou um herdeiro, Alberto de Oliveira Freitas Guimarães (n-1882) cujo título lhe derivou passando a 2º visconde de Oliveira do Paço. Este casou Maria Carolina da Silva Bello (n-1893) que não deixaram herdeiros.
Não tendo deixado descendência directa, coube a Álvaro de Oliveira Freitas Guimarães o direito ao titulo de 3º Visconde  de Oliveira do Paço (nascido em Sobrado a 15/06/1913 e faleceu a 05/05/1978, na cidade do Porto).
Este casou com Dona Isabel Maria da Conceição de Azevedo e Menezes Pinheiro Pereira de Bourbon (n-1905) da família dos senhores do Paço de Pinheiros, em Barcelos, também simbolizada pela sua forte personalidade, através da frontalidade e carácter,  princípios básicos e essenciais da aristocracia.
Infelizmente, a casa, edificada no ano de 1864, donde viveu encontra-se completamente esventrada sem qualquer recuperação. Está considerada património local, contudo não se vislumbra um milagre nem um mecenas que permita a sua recuperação.
Pelos apelidos lá colocados poder-se-à obter, através da imagem seguinte e retirado dum blogue de qualidade superior, miguelboto.blogspot.com, a seguinte descrição do mesmo:
Pedra de Armas em granito, de escudo Inglês, partido: 
I - Martins (de Deus): cortado: 1 - de purpura, com três flores-de-lis de ouro postas em roquete; e 2 - de negro, com duas faixas de ouro;
II - Oliveira (com alteração dos esmaltes): de prata, com uma oliveira de verde, frutada e arrancada de ouro;
Timbre: de coronel de Visconde; correias de purpura perfiladas de ouro. Tachoes de ouro.



14 de abril de 2013

Casa do Relógio de Sol - Porto


Av. Brasil, freguesia da Foz do Douro, Porto

A "Casa do Relógio" situa-se no antigo lugar de Carreiros, a que nos inícios de 1907, Artur Jorge Guimarães, capitão de artilharia, terá comprado um terreno na Av. dos Carreiros, actual Av. Brasil.
Conjuntamente com sua esposa, Beatriz, construíram a sua casa para uso de férias à beira-mar, cujo projecto terá sido idealizado por Teixeira Lopes.
A sua construção neo-manuelina, caracterizada com motivos nacionalistas, evocando os Descobrimentos, contempla aplicações de cordas, esfera armilar, cruz de Cristo, painéis de azulejos hispano-mouriscas, para além de outras atractivos de grande interesse que a transformou num edifício classificado de interesse publico nacional.
Por muito tempo o nome à casa foi dada, pelo facto de ter um relógio de sol aplicado numa esquina de uma das muitas fachadas existentes nessa residência.
Actualmente encontra-se em alto estado de degradação pelo facto de ter sido ocupada, na época do 25 de Abril, por um sapateiro que a terá vandalizado e destruído toda a riqueza interior. Só recentemente os proprietários terão conseguido a sua re-apropriação mas que dadas as condições a que se encontra torna-se difícil e oneroso todo o seu restauro.
Tenhamos fé para que um dia se torne realidade e haja alguém que com bom gosto não a deixe desaparecer....

10 de abril de 2013

Brasão dos "Meneses", Museu Soares dos Reis - Porto

Brasão da época da Renascença, séc. XVII, de estilo Barroco, representa as armas do Marquês de Marialva.
Infelizmente não se conhece a sua localização original e representa mais um escudo de "familia".
O seu escudo é boleado ou Português, com ponta, com formato esquartelado e um sobre-todo, ao centro.
O I e IV representam as armas reais (de Portugal antigo) e II e III são 3 flor-de-lis (de França moderno), ao centro o escudo de Meneses (de Cantanhede).
A coroa simboliza a nobreza. Contém um desenho invulgar e sabe-se que Marquês de Marialva teve de mercê o título nobiliárquico em 11/6/1661, pelo rei D. Afonso VI, a favor de D. António Luís de Meneses, pelo seu papel decisivo na Revolução de 1640.
A sua presença ou de familiares de pouco se sabe no que concerne a sua estada na cidade do Porto, contudo existe o conhecimento de que era donatário da vila de Melres, o qual tinha o direito a administrar a terra, a apresentar "tabeliões" e a nomear o "ouvidor".

1 de abril de 2013

Casa da Varziela, Vilela



Rua da Varziela, Vilela, Paredes - Portugal

O brasão dos "Barbosa" encontra-se numa casa de granito parcialmente remodelada e com franca importância histórica na região Paredes, especialmente na freguesia de Vilela.
Lá terá vivido e terá falecido no decorrer dos finais do séc. XVI e princípios do séc. XVII, Gaspar Barbosa Cabral e posteriormente seus familiares terão ampliado sua casa com capela, conforme brasão pintado no tecto, cujos apelidos se tornam difíceis de leitura.
Por cedência de sua actual proprietária, foi-nos oferecido cópia de um documento que resume um pouco as origens daquela casa e seu brasão.
Leia-se:
" IN MEMORIUM 
Gaspar Barboza Cabral 
Fidalgo da Casa Real, senhor de Varziela


Filho de Jorge Barboza Cabral, Fidalgo da Casa Real e de sua mulher Dª. Madalena Rangel, senhora da Varziella.
Militou, Gaspar Barboza Cabral nas praças Portuguesas do Norte de África e combateu na famosa Batalha de Alcácer-Quibir, com cavalos e armas de sua casa. Sofreu cativeiro em Marrocos, como todos os combatentes que não morreram, resgatou-se à sua custa. Seu irmão Baltazar Barboza Rangel foi seu companheiro de armas e com ele combateu em Tanger, na tomada da praça de Arzilla e finalmente em Alcacer-Quibir.
É Gaspar Barboza Cabral neto de Gregório Arnes de Barboza, Cavaleiro Fidalgo da Casa Real, Cavaleiro da Ordem de Cristo e de sua mulher Dª. Catarina Dias Cabral, sobrinha-neta de Pedro Alvares Cabral, descobridor do Brasil.
Gregório Arnes de Barboza militou também em África sendo armado Cavaleiro pelo Duque de Bragança, D. Jaime no Cêres de Azamor e dispensado, pela sua nobreza, das Fintas para o dote de casamento da Princesa Dª: Isabel com o Imperador Carlos V.
Por sua vez, Gaspar Barboza Cabral, também bisneto de Gonçalo Arnes de Barboza, Cavaleiro da Ordem de Cristo, senhor do Solar de Barboza, em S. Miguel de Rans e terceiro neto de João Fernandes de Barboza, senhor das quintas de Avelleda, Beco e Chelo e do solar de Barboza e de sua mulher Dª: Genebra de Magalhães, irmã de Fernão de Magalhães, o primeiro navegador que deu a volta ao mundo.
Gaspar Barboza de Cabral, viveu na casa da Varziella, da paróquia de S. Estevão de Vilela e nessa casa morreu a 25 de Maio de 1610. Por sua determinação, o seu corpo, foi sepultado dentro do Mosteiro de Vilela."