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Aqueles que por seu entendimento, possam ser proprietários de alguns elementos fotográficos, e pretendam a retirada dessa foto, agradeço que me seja comunicada para evitar constrangimentos pessoais.

Obrigado.

28 de julho de 2013

Placa toponímica - Porto

Rua de Avis, freguesia da Vitória, Porto

A rua de Avis tomou o nome à cerca de 53 anos, aquando do centenário da morte do navegador do Infante D. Henrique (13/11/1460), comemorações evocativas no período do Estado Novo. 
A cidade do Porto é acrescida de mais alguns topónimos referentes às memórias henriquinas, quer dos descobrimentos quer à família do rei D. João I.
Poderemos relembrar algumas ruas existentes no Porto, tais como a rua do Infante D. Henrique, na Ribeira, junto à rua de Avis, teremos a Praça Filipa de Lencastre (sua mãe), a rua de Ceuta, e ainda o Hotel do Infante de Sagres, localizado precisamente neste núcleo de ruas.
A rua de Avis, denominava-se Travessa da Fábrica do Tabaco, desde o séc. XVIII, pelo facto de ter existido aí uma fábrica de tabaco, na rua de seu nome. Seu proprietário, um negociante torna-viagem, Luís António de Sousa Freitas, que pela sua riqueza mandara edificar no gaveto destas duas ruas a sua residência, um edifício de notável construção arquitectónica, tendo sido demolida com promessa da Câmara de voltar a construí-la em outro local, e que até à data nunca se concretizou.

22 de julho de 2013

Dístico na fachada de prédio - Porto

Escadas do Codeçal, nº 56, freguesia da Sé, Porto - Portugal

Estas placas encontram-se fixadas em prédios que se encontram seguros, por empresas seguradoras, na cidade do Porto. Cada símbolo pretende identificar a companhia seguradora de modo publicitário e demonstrar todo o cuidado demonstrado por parte do proprietário, como seu bem imóvel, perante a cidade. Creio que este dístico tem as suas origens nos finais do séc. XIX.

4 de julho de 2013

Museu Soares dos Reis - Outros barsões

Museu Soares dos Reis, freguesia de Massarelos, concelho do Porto, Portugal

Brasão eclesiástico dos "Araújos", desconhece-se as suas origens, contudo podemos fazer uma breve descrição sobre este tema particular da brasonaria religiosa.

Brasões eclesiásticos:
Desde os tempos medievais, os brasões tornaram-se de uso comum para os guerreiros e para a nobreza, e por conseguinte foi-se desenvolvendo uma linguagem bem articulada que regula e descreve a heráldica civil. 
Paralelamente, também para o clero se formou uma heráldica eclesiástica. ela segue as regras da civil para a composição e a definição do escudo, mas coloca em redor símbolos de insígnias de carácter eclesiástico e religioso, segundo os graus da Ordem sacra, da jurisdição e da dignidade.
Os símbolos dos cruzados e das ordens equestres vêm quase que subitamente reproduzidos da Igreja, até mesmo porque os entes eclesiásticos no período "pré-heráldico" já disponibilizavam sinais distintivos, tanto que ao surgir de tal disciplina, no séc. XII, esta figura levou esmaltes, ou seja, as cores, metais e peliças próprias da ciência do brasão.
Naquele período os primeiros brasões eclesiásticos tinham o escudo timbrado com mitra e nínfulas esvoaçantes; com o passar do tempo se consolidou a soma do escudo ao chapéu prelatício com os cordéis e as borlas.
Vale recordar, igualmente, que os eclesiásticos recentemente usavam o brasão de família com muita frequência, obviamente, desprovido de símbolos religiosos.
Para reconhecer as milicias eclesiásticas, entre as quais os "adornos externos" do escudo, não se podia usar o termo que indicava a norma, a condição militar e tampouco a coroa, que indicava o estado nobre.
Se se escolhessem, consequentemente, os cha+éus eclesiásticos e, a príncipio, os escudos prelatícios - salvo aqueles do Papa - não figurariam os adornos externos, distintos de dignidade; ao longo do tempo apareceram também o báculo, o chapéu com as borlas, o pálio e outras marcas da hirarquia, entre as quais uma ou duas espadas na lateral ou atrás do escudo para os bispos e os abades que detinham jurisdição feudal.
(texto retirado de http://www.ecclesiaheraldica.com.br)