Av. General Humberto Delgado - S. Cosme - Gondomar
Forma - escudo frencês ou quadrado
Leitura - partido
I - Pacheco
II (cortado) - Teixeira e Rebelo
Elmo tarado de perfil
Virol e Paquife
"No Concelho de Gondomar, mais propriamente em S.
Cosme, freguesia e sede do mesmo, encontramos a Quinta dos Capuchinhos e com
esta a igreja e o seminário.
Neste trabalho de investigação
histórica sobre o qual me debrucei para a disciplina de História, proponho-me
apresentar "Pedaços da História da Quinta dos Capuchinhos - Antigo Lugar
da Bouça-Cova".
Camilo de Oliveira, a
propósito das origens da quinta refere: "A referência mais antiga
que conheço, a Bouça-Cova, é nas Inquirições mandadas fazer por El-rei D. Diniz
em 1327 (A.D).
No termo de Gondomar a terra de Bouça-Cova foi considerada honra
pelo corregedor Aparício Gonçalves, determinado que continuasse honrada
enquanto "y houver filho d'algo".
Mais tarde a quinta passou
para as mãos do cabido da Sé do Porto, que a emprazava a uma pessoa que passava
a ser o proprietário. Esse aforamento fazia-se por três vidas. Só depois
aparece como proprietário da Quinta da Bouça-Cova José de Castro Pereira.
(...)
Dentro desta quinta
encontrava-se uma grande casa adaptável ao seminário que lá construíram
conhecida pelo nome de Convento dos Frades Capuchinhos de Gondomar.
Esta propriedade foi vendida,
a 29 de Janeiro de 1921, por vinte e cinco contos de reis ao sr. António
Loureiro Pereira de Castro e a sua mulher D. Rosinda de Castro Rebelo de
Carvalho.
Esta, a 9 de Junho de 1926
transmitiu todos os bens que possuía em Gondomar, como dote de casamento, a seu
filho Abílio Pacheco Teixeira de Carvalho. Este senhor vendeu a propriedade em
19 de Junho de 1958 pela quantia de três mil oitocentos e cinquenta contos aos
capuchinhos que aí instalaram o actual seminário dos Frades Menores Capuchinhos
em Portugal e que se debatiam com grandes dificuldades em Vila Nova de Poiares,
transferindo-se em Julho de 1958 para a vila de Gondomar.
Dentro desta quinta é visível
a riqueza de jardins de verde luxuriante com reminiscências na inspiração
clássica inglesa, encontrando-se até alguns modelos de fontes construídas no
séc. XVIII.
É de realçar o Brasão desta casa na entrada principal.
Tinha também uma capela com
invocação de S. João Baptista e um legado de se rezar uma missa todos os
domingos e missa cantada em dia de S. João. O legado era 8 óbulos romanos o que
representava 8 reis em moeda portuguesa. Esse legado passou a ser cumprido na
capela da casa de Bouça-Cova em 1816.
No entanto, esta quinta
funciona agora como convento mas também como seminário. Convém dizer desde já
que não existe qualquer planta ou projecto antigo da quinta ou da casa,
originais.
Para realização deste
trabalho, recorri a fontes escritas tais como o livro de Camilo de Oliveira
"Monografia de Gondomar" um estudo bastante aprofundado mas que
necessitava ser actualizado uma vez que foi editado em 1935-36, em 4 volumes.
Outro livro consultado foi o Boletim Oficial do Comissariado dos Frades Menores
Capuchinhos, de Portugal no ano de 1960, que encontrei na Biblioteca do
convento dos padres capuchinhos, com a preciosa ajuda do padre José Maria, no
dia 15 de Novembro de 1996.
Além destes, todas as pequenas referências a Gondomar,
encontram-se em obras de carácter geral. Todos os autores que consultei citam
Camilo de Oliveira."
«Pedaços
de História da Quinta dos Capuchinhos, Antigo Lugar da Bouça-Cova», é um
trabalho de investigação realizado por uma aluna do Externato Paulo VI, em
Novembro de 1996. Alexandra Raquel Silva, convidada a elaborar um trabalho para
a disciplina de História, não hesitou em propor, pesquisar, investigar
cuidadosamente a história da "Quinta dos Capuchinhos" que aqui
reproduzimos parcialmente.
O 1º. quartel não tem as armas de Pimentel mas sim de Pacheco. As armas representadas são as atribuídas a Duarte Pacheco Pereira, quando deveriam ser as da família Pacheco.
ResponderEliminarLuiz Corrêa de Sá
Venho esclarecer, relativamente ao último parágrafo que inseriu no texto, que me referi apenas às armas representadas na 1ª. partição do escudo: foram as concedidas a Duarte Pacheco Pereira, quando deveriam estar representadas as dos Pacheco. O conjunto da pedra de armas nada tem a ver, feita a correcção, com Duarte Pacheco Pereira.
ResponderEliminarLuiz Corrêa de Sá