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8 de março de 2010

Ordem dos Frades Menores Capuchinhos - S. Cosme

Av. General Humberto Delgado - S. Cosme - Gondomar
Forma - escudo frencês ou quadrado
Leitura - partido
I - Pacheco
II (cortado) - Teixeira e Rebelo
Elmo tarado de perfil
Virol e Paquife


"No Concelho de Gondomar, mais propriamente em S. Cosme, freguesia e sede do mesmo, encontramos a Quinta dos Capuchinhos e com esta a igreja e o seminário.
Neste trabalho de investigação histórica sobre o qual me debrucei para a disciplina de História, proponho-me apresentar "Pedaços da História da Quinta dos Capuchinhos - Antigo Lugar da Bouça-Cova".
Camilo de Oliveira, a propósito das origens da quinta refere: "A referência mais antiga que conheço, a Bouça-Cova, é nas Inquirições mandadas fazer por El-rei D. Diniz em 1327 (A.D).
No termo de Gondomar a terra de Bouça-Cova foi considerada honra pelo corregedor Aparício Gonçalves, determinado que continuasse honrada enquanto "y houver filho d'algo".
Mais tarde a quinta passou para as mãos do cabido da Sé do Porto, que a emprazava a uma pessoa que passava a ser o proprietário. Esse aforamento fazia-se por três vidas. Só depois aparece como proprietário da Quinta da Bouça-Cova José de Castro Pereira.
(...)
Dentro desta quinta encontrava-se uma grande casa adaptável ao seminário que lá construíram conhecida pelo nome de Convento dos Frades Capuchinhos de Gondomar.
Esta propriedade foi vendida, a 29 de Janeiro de 1921, por vinte e cinco contos de reis ao sr. António Loureiro Pereira de Castro e a sua mulher D. Rosinda de Castro Rebelo de Carvalho.
Esta, a 9 de Junho de 1926 transmitiu todos os bens que possuía em Gondomar, como dote de casamento, a seu filho Abílio Pacheco Teixeira de Carvalho. Este senhor vendeu a propriedade em 19 de Junho de 1958 pela quantia de três mil oitocentos e cinquenta contos aos capuchinhos que aí instalaram o actual seminário dos Frades Menores Capuchinhos em Portugal e que se debatiam com grandes dificuldades em Vila Nova de Poiares, transferindo-se em Julho de 1958 para a vila de Gondomar.
Dentro desta quinta é visível a riqueza de jardins de verde luxuriante com reminiscências na inspiração clássica inglesa, encontrando-se até alguns modelos de fontes construídas no séc. XVIII.
É de realçar o Brasão desta casa na entrada principal.
Tinha também uma capela com invocação de S. João Baptista e um legado de se rezar uma missa todos os domingos e missa cantada em dia de S. João. O legado era 8 óbulos romanos o que representava 8 reis em moeda portuguesa. Esse legado passou a ser cumprido na capela da casa de Bouça-Cova em 1816.
No entanto, esta quinta funciona agora como convento mas também como seminário. Convém dizer desde já que não existe qualquer planta ou projecto antigo da quinta ou da casa, originais.
Para realização deste trabalho, recorri a fontes escritas tais como o livro de Camilo de Oliveira "Monografia de Gondomar" um estudo bastante aprofundado mas que necessitava ser actualizado uma vez que foi editado em 1935-36, em 4 volumes. Outro livro consultado foi o Boletim Oficial do Comissariado dos Frades Menores Capuchinhos, de Portugal no ano de 1960, que encontrei na Biblioteca do convento dos padres capuchinhos, com a preciosa ajuda do padre José Maria, no dia 15 de Novembro de 1996.
Além destes, todas as pequenas referências a Gondomar, encontram-se em obras de carácter geral. Todos os autores que consultei citam Camilo de Oliveira."

«Pedaços de História da Quinta dos Capuchinhos, Antigo Lugar da Bouça-Cova», é um trabalho de investigação realizado por uma aluna do Externato Paulo VI, em Novembro de 1996. Alexandra Raquel Silva, convidada a elaborar um trabalho para a disciplina de História, não hesitou em propor, pesquisar, investigar cuidadosamente a história da "Quinta dos Capuchinhos" que aqui reproduzimos parcialmente.


2 comentários:

  1. O 1º. quartel não tem as armas de Pimentel mas sim de Pacheco. As armas representadas são as atribuídas a Duarte Pacheco Pereira, quando deveriam ser as da família Pacheco.
    Luiz Corrêa de Sá

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  2. Venho esclarecer, relativamente ao último parágrafo que inseriu no texto, que me referi apenas às armas representadas na 1ª. partição do escudo: foram as concedidas a Duarte Pacheco Pereira, quando deveriam estar representadas as dos Pacheco. O conjunto da pedra de armas nada tem a ver, feita a correcção, com Duarte Pacheco Pereira.
    Luiz Corrêa de Sá

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