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24 de junho de 2013

Museu Soares dos Reis - Outros Brasões

Rua D. Manuel II, freguesia de Massarelos, concelho do Porto - Portugal

O brasão da foto encontra-se guardado neste Museu tendo sido primeiramente colocado numa fonte na Praça da Batalha, pela sua descrição que a seguir se apresenta ser do período de 800 (inícios do séc. XIX). 
Em virtude das fortes alterações urbanísticas levadas a efeito pelos "Almadas", pai e filho, esta fonte sofreu a sua remoção do local e terá sido guardado o seu brasão como memória futura.
Como muitas outras fontes distribuídas, na época, pela cidade do Porto que recolhiam as imensas linhas de águas da cidade e arredores, como serviço de apoio à população, foram ao longo do tempo recolhidas pelo próprio município podendo-se observar a existência de muitas delas na Rua Barão de Nova Sintra, nas actuais instalações dos Serviços de Águas (SMAS).

O Brasão da Cidade
O brasão da cidade nem sempre foi o mesmo ao longo dos tempos; muito embora, a sua estrutura básica se tivesse mantido durante os diferentes reinados.
O original brasão da Invicta representava “uma cidade de prata, em campo azul sobre o mar de ondas verdes e douradas”.
Em 1517, sofre a primeira alteração. Foi-lhe incluído a imagem de Nª. Srª. de Vandoma com o menino Jesus nos seus braços entre duas torres, sobre um fundo azul.
Em 1813, e aquando da segunda modificação, a imagem de Nª. Srª. de Vandoma aparece ainda ladeada por duas torres encimadas, de um lado por um braço com uma espada e do outro com uma bandeira.(ver foto)
Em 1834, no reinado de D. Pedro IV, ao brasão foi introduzido uma inscrição “Antiga, mui nobre sempre Leal e Invicta Cidade”, em honra aos sacrifícios sofridos pela cidade do Porto, durante o cerco miguelista, por seu irmão D. Miguel.
Este brasão era então constituído por um escudo esquartelado, cercado pelo colar da Ordem da Torre e Espada, tendo nos primeiros e quartos quartéis as armas de Portugal e nos segundos e terceiros as antigas armas da cidade. Encimava o escudo um dragão verde, assente numa coroa ducal e sobressaía uma longa faixa com a legenda Invicta.
O dragão está relacionado com S. Jorge, padroeiro de Inglaterra, cujo culto parece ter sido introduzido em Portugal pelos cruzados ingleses que auxiliaram D. Afonso Henriques na conquista de Lisboa, em 1147.
No reinado de D. Afonso IV passou-se a usar a invocação de S. Jorge como grito de guerra contra os inimigos por contraponto ao grito de “Santiago”, utilizado pelos castelhanos.
Já D. João I tinha especial devoção por S. Jorge, tido como fator religioso na vitória em Aljubarrota, onde participaram ingleses. As armas de D. João I tinham um elmo encimado por um dragão alado. Também, D. Nuno Álvares Pereira era devoto deste mártir, tendo na sua bandeira a figura do santo, S. Jorge.
A última alteração do brasão, em 1940, foi-lhe dada a forma atual, representado pelas armas.
Apresenta-se de azul com um castelo de ouro. Este constituído por um muro ameado e franqueado por duas torres ameadas. Está aberto e iluminado a vermelho sobre um mar de cinco faixas ondeadas, sendo três de prata e duas de verde.
Sobre a porta, assente numa mesura de ouro, está a imagem da virgem com um diadema na cabeça, segurando um manto azul e com o menino Jesus ao colo, vestido de vermelho. Ambos estão acompanhados lateral e superiormente por um esplendor, que se apoia nas ameias do muro - dois escudos de Portugal antigo. No cimo, uma coroa mural de prata de cinco torres e um cordão da ordem militar da Torre e Espada do Valor e do Mérito. No listel branco, a inscrição já atribuída de “Antiga, mui nobre sempre Leal e Invicta Cidade”.


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