Rua do Valinho, freguesia de Beire, Paredes - Portugal
Casa e Quinta do Valinho
Os Pacheco do Porto usaram armas de Pacheco, como se
vê nas várias cartas de armas dadas a membros da família, e, embora
descendessem dos Pacheco Pereira de Stº Estêvão de Barrosas, usaram só o nome
Pacheco. Apenas dois ramos começam no séc. XVII a usar o nome Pacheco Pereira,
por serem descendentes de Maria Pacheco e seu marido Gaspar Pereira, dos quais
foi filha Isabel Pacheco Pereira casada com seu primo Gonçalo Pacheco,
progenitores dos Pacheco Pereira da casa da rua de Belmonte, e Francisca
Pacheco Pereira casada com António Dias de Santiago, 1ºs senhores da casa da
quinta do Valinho, em Beire, com geração nesta casa, que também usou Pacheco
Pereira. Mas continuaram a usar apenas armas de Pacheco, e só no séc. XVIII os
Pacheco Pereira da casa da rua de Belmonte passaram a usar também armas de
Pereira. O mesmo acontecendo então na quinta do Valinho, certamente por
imitação, onde existe um sinete justamente partido de Pacheco e Pereira que
pertenceu ao Capitão Diogo José Correa Pacheco Pereira, que foi senhor desta
quinta e depois de viúvo abade de Beire (18.6.1766), onde faleceu a 25.7.1797,
e que terá sido o 1º nesta linha a usar este escudo partido, que estava pintado
no tecto da sala de entrada e na pedra de armas do portão (depois substituída
por Pacheco e Portocarrero).
(“Quinta de Maravedi. Subsídios para a sua História”,
Manuel Abranches de Soveral
A pedra de armas dos Pacheco Portocarreiro está
aplicada, entre as ameias do portal da Quinta. Pela diferente qualidade do
granito é perfeitamente visível que terá sido colocada posteriormente. Na casa
e quinta nasceram e morreram Manuel Pacheco Pereira e Maria Benedita Moura
Coutinho, pais de João Pacheco Pereira, fidalgo da Casa Real, 8º senhor de
Valinho, Comendador da Ordem de Nª. Srª. da Conceição de Vila Viçosa. Nasceu em
V. N. de Gaia, em 1811 e terá casado com Maria Adelaide Portocarreiro, tendo
falecido em Paredes, a 1908, com 97 anos de idade. Foi administrador do
Concelho de Paredes (28/7/1851), juiz de Paredes (1845), advogado e capitão de
D. Miguel, aquando da guerra civil (período do Cerco do Porto). As armas
apresentam um escudo português ou boleado, com ponta, partido, com a leitura de
em I - Pacheco e II - Portocarreiro. A coroa será de Marquês (?). É uma pedra
muito simples e um trabalho de canteiro de fraca qualidade.
(http://gw.geneanet.org/favrejhas?lang=en&p=joao&n=pacheco+pereira)
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