O
Palacete dos Viscondes de Balsemão
é um edifício histórico localizado na Praça de Carlos Alberto mandado construir
em meados do século XVIII pelo fidalgo José Alvo Brandão Coutinho Perestelo
Pereira de Azevedo, senhor da Quinta da Revolta, em Campanhã.
Esta
casa entra no património da família Balsemão, aquando do casamento de D. Maria
Rosa Alvo com seu primo Luís Máximo Alfredo Pinto de Sousa Coutinho, 2.º
Visconde de Balsemão.
Na
década de 1840, António Bernardino Peixe alugou o palacete, transferindo a
hospedaria que tinha na Rua do Bonjardim para este local, ficando conhecida
pela “Hospedaria do Peixe”.
O
que celebrizou esta hospedaria foi a estadia, entre 19 e 27 de abril de 1849,
do exilado rei Carlos Alberto da Sardenha, rei de Piemonte e da Sardenha,
depois da derrota da batalha de Novara, enquanto esperava pela preparação da
casa da Quinta da Macieirinha, onde viria a falecer em 28 de julho do mesmo
ano.
Em
1854, o palacete foi adquirido pelo 1.º Visconde
da Trindade (10/11/1852), José António de Sousa Bastos, grande proprietário e
capitalista, que introduziu profundas alterações no edifício tendo colocado o
brasão na fachada e enriquecido os salões, ao gosto da época, vindo a casa a
atingir o maior esplendor que se lhe conhece.
Visconde da Trindade (tela), Wikipédia
Ainda
em vida foi-lhe concedido o título de Conde (22/dez/1881), e já após sua morte
e ter sido enterrado em jazigo da cidade e posteriormente na posse de sua
viúva, em 1895, o imóvel passou para sua filha D. Josefina Henriqueta Sousa
Bastos.
O edifício a partir de 1907 e ao longo do tempo, teve uma utilização muito diversificada tal como: pensão, café, serviços municipais de electricidade e actualmente pertence à Câmara Municipal, como dependência do Departamento da Cultura.
O edifício a partir de 1907 e ao longo do tempo, teve uma utilização muito diversificada tal como: pensão, café, serviços municipais de electricidade e actualmente pertence à Câmara Municipal, como dependência do Departamento da Cultura.
A pedra de armas admirável e bem trabalhada em mármore, inspirada na escola inglesa, não pela linha de escudo que é francesa, mas pelo arranjo quanto aos suportes e colocação das insígnias, é decorada de motivos zoomórficos, suportes (unicórnio e um dragão) e de três insígnias suspensas simetricamente.
Armas do Visconde da Trindade, Wikipédia
Descrição da Pedra de Armas:
Brasão: Sousa
Material: Mármore
Época: Contemporânea
/ Séc. XIX
Estilo/Escola: Eclético
/ desconhecida
Família: Palácio
do Balsemão ou dos Condes da Trindade
Construção: Edifício
de 2 pisos, com torreão lateral
Localização: Praça
Carlos Alberto
Freguesia: Vitória
Descrição: Encontra-se
aplicada no topo do prédio
Classificação: Heráldica de Família
Escudo: Francês ou quadrado
Formato: Pleno
ou simples
Leitura: I–
Sousa (do Prado)
Timbre: de Sousa, (o leão do escudo,
coroado de uma grinalda de prata, florida de verde;
Coronel: de Conde
Cores: I e IV – de Portugal-antigo
II e III – de prata com um leão de
púrpura
Suportes: com dois animais, um dragão e um unicórnio em cada
lado
Diferença: um
besante de… numa brica de….
Insígnias: Ordem militar da Torre e Espada,
Ordem Militar de Cristo e grã-cruz da Real Ordem Americana de
Isabel a Católica, de Espanha
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