foto retirada do blogue: olharvianadocastelo
Relativo
à Pedra de Armas que se apresenta no topo da fachada pouco há a informar por se
desconhecer as suas origens e seus representantes.
Contudo,
poder-se-à descrevê-lo como um brasão em granito, escudo francês com quebra
arredondada nos seus topos, partido e cortado em I.
Sobre o escudo assenta o elmo tarado à direita, com grelha, e um virol, com as possíveis descrições que apresento:
Sobre o escudo assenta o elmo tarado à direita, com grelha, e um virol, com as possíveis descrições que apresento:
I
- Cortado de 1 - Lima, Refoios ou Nóbrega e 2 - Vasconcelos ou Soverosa;
2
- Azevedo (?),
Apresenta uma diferença no I quadrante, "... de uma farpa".
Apresenta uma diferença no I quadrante, "... de uma farpa".
Agradeço
informações sobre esta pedra para melhor divulgação.
foto retirada de: https://txilekoa.blogspot.pt
A
Casa:
Teve
a sua construção origem pelo ano de 1840 e foi mandada construir por Gaspar da
Rocha Pais de Barros Cação Faria Alpuím do Rego Castro tendo sido concluída 40
anos depois, aproximadamente no período do ano de 1880. Esta data foi presumida
pelo facto de haver conhecimento que o artista vianense João Batista Rio se
encontrar àquela data a executar pinturas no seu interior.
A
sua construção é de planta quadrada, de dois pisos, com fachada do estilo
neogótico, considerada um exemplo de arquitectura revivalista.
A
fachada é dividida por pilastras que definem três corpos e encimados, no seu alinhamento,
por vasos sobre a cornija e a cobertura é rematada numa platibanda lisa,
coroada com as pedras de armas envolvida por motivos fitomórficos e volutas.
Estas
pilastras, quebram no 2º piso, o conjunto de sete janelas todas iguais(2-3-2)
em arco quebrado com sacadas de guarda em ferro e no piso térreo são rasgadas
por apenas 5 janelas (2-1-2), de verga recta, e por duas portas de entrada em
arco de volta perfeita, entremeadas no intervalo das respectivas janelas.
Na
entrada lateral direita encontra-se um portão do estilo rococó, não sendo
original da sua construção, e contém sobre a sua padieira curva uma pedra de
armas reais. Este portal, designado de Passamano, está datado da 2ª metade do
séc. XVIII e provém do antigo convento das Ursulinas tendo sido transferido
para aquele local no ano de 1923.
No
interior da casa destacam-se as pinturas da autoria do artista João Batista Rio,
cujo realce ganha especial destaque o tecto da sala de visitas, com 4 cartelas
onde se inserem paisagens, e ao centro, o auto retrato do pintor e de três
actores conhecidos à época, Emília das Neves, Taborda e Noronha.
Para
além deste trabalhos artísticos destacam-se o átrio lajeado e lambril de
cantaria e escadaria de acesso ao piso superior com envasamento pintado a imitar
cantaria e esta é iluminada por um lanternim. No piso superior apresenta-se um
corredor central donde se desenvolvem para as diversas divisões.
As
salas apresentam-se com as paredes e tectos pintados com motivos florais e
fitomórficos.
O
Oratório contempla igualmente paredes e tectos pintados mais simples e de ainda
um nicho de madeira entalhada.
foto retirada do site www.patrimoniocultural.gov.pt
Cronologia
da Casa:
≈1840
- mandada construir por Gaspar da Rocha Pais de Barros Cação Faria Alpuím do
Rego Castro;
≈1880
- pintura dos tectos pelo artista João Batista Rio;
mais
tarde - sua filha D. Beatriz da Rocha Paes Werneck de Barros cação vende a casa
ao Dr. João Vieira de Araújo;
1923
- colocação do Portal barroco do Passamano, proveniente do antigo convento das
Ursulinas, encontra-se adossado à casa;
Os
Werneck:
Kaspar
Werneck, natural da cidade de Crivitz, do estado de Mecklemburgo-Pomerânia
Ocidental, na Alemanha, casou-se em 1639, na cidade de Antuérpia, na Bélgica,
com Maria Ruiz de Magalhães, filha de um capitão espanhol sediado em Viana do Castelo.
Maria
Ruiz de Magalhães era filha de uma portuguesa, e provavelmente este casal terá
vindo residir para Viana do Castelo, logo a seguir à restauração da independência
de Portugal.
Desta
família destaca-se um familiar, João Berneque, que terá emigrado para o Brasil,
para a cidade do Rio de Janeiro e lá terá criado outro ramo familiar, cujo nome
Werneck terá evoluído e se transformado em Berneque.
Viana do Castelo - Origens:
"A ocupação humana da região de Viana remonta ao Mesolítico, conforme o testemunham inúmeros achados arqueológicos (anteriores à cidadela pré-romana) no Monte de Santa Luzia.
A povoação de Viana recebera a Carta de Foral, de Afonso III de Portugal em 18 de Julho de 1258, tendo passado a chamar-se Viana, da Foz do Lima.
Até à sua elevação a cidade em 20 de Janeiro de 1848, a actual Viana do Castelo chamava-se simplesmente "Viana" (também referida como Viana da Foz do Lima" e "Viana do Minho", para diferenciá-la de Viana do Alentejo.
Na cidade - que cresceu ao longo do rio Lima - podem ser observados os estilos renascentistas, manuelino, barroco e Art Deco. Na malha urbana destaca-se o centro histórico, que forma um circulo delimitado pelos vestígios das antigas muralhas. Aqui cruzam-se becos e artérias maiores viradas para o rio Lima, e destacam-se a antiga Igreja Matriz, que remonta ao séc. XV, a Capela da Misericórdia (séc. XVI), a Capela das Almas, e o edifício da antiga Câmara Municipal, na Praça da Monarquia (antiga Praça da Rainha), com uma fonte em granito do séc. XVI."
Para além deste Património arquitectónico no pequeno núcleo citadino vislumbram-se casas típicas dessas épocas e com as características e ornamentos aos estilos atrás mencionados.
Dessas casas aparecem pedras de armas afixadas nas fachadas, sendo distribuídas por casas tradicionais, por casas nobres e apalaçadas, cujas personagens justificaram a mercê dada pelo seu rei, quer por actos em prol do País, quer em prol da benemerência e interesses locais ou por razões politicas.
No pequeno núcleo histórico circunscrito entre a linha férrea e o rio Lima e por pequenos passeios pedonais realizados pessoalmente pelo seu interior se destacaram e se recolheram um bom punhado de Brasões, de Heráldica de Família, que se pretende abordar e mostrar neste blogue.
Dos 27 brasões referenciados no mapa, alguns não foram encontrados neste pequeno passeio efectuado em dia e meio, de uma pequena estada naquela linda cidade. A recolha mereceu também em buscas de sites locais que me ajudaram a enriquecer este projecto de inventariação de brasões de família no núcleo antigo desta cidade.
Provavelmente haverá ainda outros por descobrir nessas pequenas vielas e ruas, e encobertas em muitas casas que apresentam características muito especiais, à sua época a que cada uma delas terá sido edificada. Vislumbramos, portas e janelas lindamente executadas em granito, do barroco ao manuelino, muitas casas ainda sustentam nos seus beirais gárgulas de todos os feitios e igualmente outras pedras de armas, nacionais e da cidade.
À medida que se apresenta cada peça de armas, e sempre que possível, será abordada a descrição da pedra de armas e de uma pequena história, da casa ou da família, efectuada pela recolha na internet e especialmente no blogue "olharvianadocastelo.blogspot" e da obra "Casas de Viana Antiga" que merecem uma especial atenção e um elogio de relevo por se dedicarem exclusivamente ao concelho e à cidade.
Esquema geral da localização das Pedras de Armas de Família - Viana do Castelo
Listagem:
1 - Casa dos Monfalim (séc. XVII/XVIII) - Gaveto do Passeio das Mordomas da Romaria com a Rua Nova de Santana
2 - Casa da Barrosa (séc. XVIII) - Rua Manuel Espregueira, n.º 87
3 - Casa dos Abreu Coutinho (séc. XVIII (?)) - Largo Vasco da Gama
4 - Casa dos Melo e Alvim (séc. XVI) - Av. Conde da Carreira
5 - Capela da Casa da Carreira (séc. XVIII) - Rua dos Bombeiros
6 - Casa dos Werneck (séc. XIX) - Av. Conde da Carreira, n.º 6
7 - Casa dos Pimenta da Gama ou Casa da Piedade (séc. XVIII) - Rua Mateus Barbosa, n.º 44
8 - Casa do Campo da Feira (séc. XVIII) - Largo 5 de Outubro, n.º 64
9 - Casa dos Sousa Meneses - Rua Manuel Espregueira, n.º 212
10 - Casa da Vedoria (séc. XVII) - Rua Manuel Espregueira, n.º 152
11 - Casa da Carreira (séc. XVI) - Passeio das Mordomas da Romaria
12 - Casa Costa Barros (séc. XVI) - Rua S. Pedro, n.º 28
13 - Casa dos Aranha Barbosa - Rua da Bandeira, n.º 174
14 - Casa Barbosa Maciel (séc. XVIII) - Largo S. Domingos
15 - Casa dos Malheiro Reymão (séc. XVIII) - Rua Gago Coutinho e Praça das Couves
16 - Palácio dos Cunhas (séc. XVIII) - Rua da Bandeira
17 - Casa do Pátio da Morte - Rua da Bandeira, n.º 203
18 - Casa dos Pita (séc. XVII) - Rua Prior do Crato, n.º 56
19 - Hospital Velho (séc. XV) - Rua do Hospital Velho
20 - Casa dos Torrados - Av. Luis de Camões, n.º 19
21 - Casa dos Sá Sottomaior - Praça da Republica, n.º 42
22 - Casa dos Agorretas - Gaveto da Rua dos Rubins com Rua Manuel Espregueira
23 - (família desconhecida) - Travessa da Victória , n.º 8
24 - Casa de João Velho ou Casa dos Arcos - Largo do Instituto Histórico do Minho
25 - Casa dos Medalhões, gaveto da Rua do Poço com Largo da Matriz
26 - Casa do Alpuím, Passeio das Mordomas da Romaria
27 - Casa dos Pereira Cirne - Rua da Bandeira, n.º 219
28 - Casa dos Boto e Calheiros - Rua da Bandeira, n.º 124
28 - Casa dos Boto e Calheiros - Rua da Bandeira, n.º 124
fontes retiradas de:
- olharvianadocastelo.blogspot.com
- http://www.patrimoniocultural.gov.pt
- https://visitarportugal.pt
- www.anossaterra.pt
- wikipédia.pt
- geneal.net.pt
- http://www.patrimoniocultural.gov.pt
- https://visitarportugal.pt
- www.anossaterra.pt
- wikipédia.pt
- geneal.net.pt