inscrição das iniciais V.O.P. 1886 - no tanque e fonte da quinta
Imagem do Visconde
O 1.º
visconde de Oliveira do Paço António Martins de Oliveira, nasceu na casa do
Paço, na freguesia de Sobrado, Valongo, a 12 de Agosto de 1835 e morreu na mesma
casa a 23 de Junho de 1889.
Era filho de António Martins de Oliveira, e de sua mulher Dona Ana Antónia.
Era filho de António Martins de Oliveira, e de sua mulher Dona Ana Antónia.
Registo de nascimento - Registo Paroquial de Sobrado (PT-ADPRT-PRQ-PVLG04-001-0006_m0543)
Registo de óbito - Registo Paroquial de Sobrado (PT-ADPRT-PRQ-PVLG04-003-0062_m00007)
Moço fidalgo da Casa Real, foi abastado proprietário e residiu durante muitos anos
no Brasil.
Prestou relevantes actos de beneficência aos portugueses desvalidos
residentes no Rio de Janeiro e concedeu valiosas dádivas ao asilo de Dona Maria
Pia.
Em Portugal contribuiu fundamentalmente para a construção do cemitério de Sobrado e posterior alargamento, e auxiliou o Hospital Maria Pia, no Porto.
Esta casa, do Paço, foi mandada construir pelo Visconde na data de 1864. De estilo ecléctico, enquadra-se na corrente arquitectónica dos emigrantes regressados do Brasil - os Torna-Viagens.
De grande dimensão, com aspecto apalaçado, apresentava um grande desenvolvimento do jardim e revestimento exterior parcial em soletos de ardósia.
As alterações da envolvente e o seu abandono são notórios fragilizando o edifício pela sua visível falta de manutenção e degradação nestas ultimas décadas.
Vista da casa (inícios do séc. XX)
Vista da casa (inícios do séc. XXI)
Vista actual (ano 2016)
Ostenta o brasão de armas na sua fachada Sudeste, em escudo inglês, partido, dos "Martins" e dos "Oliveira", proveniente do título concedido pelo rei D. Luís, por alvará e carta de brasão, em 1878, em reconhecimento de relevantes actos de beneficência.
Casou no Rio de Janeiro com sua prima Dona Joaquina da Costa
Ferreira, que nasceu na mesma cidade, a 27 de Fevereiro de 1843, e morreu no
Porto em 1887, filha de José da Costa Ferreira, proprietário no Rio de Janeiro.
Teve duas filhas, sendo a primogénita, Dona Maria Ferreira de Oliveira, que
nasceu no Rio de Janeiro em 1860 e morreu em Valongo em 1908; casou esta
senhora no Porto em 1880 com Manuel Ferreira de Freitas Guimarães, capitalista
e proprietário, que nasceu no Porto em 1851, filho de Joaquim Ferreira
Guimarães e de sua mulher Dona Maria Máxima de Freitas.
Foi 2.º visconde, Alberto de Oliveira Freitas
Guimarães, nascido no Porto em 1882, filho de Dona Maria Ferreira de Oliveira e
de seu marido Manuel Ferreira de Freitas Guimarães. (Nobreza de Portugal e do Brasil, Afonso Zuquete)
Actualidade:
A quinta em questão apresenta-se com uma área muito reduzida (segundo consta) para a extensão da original, que então à época lhe era afecta.
Recentemente e felizmente, a quinta encontra-se a ser limpa dada a elevada florestação crescente nas ultimas décadas e causadora pelo estado de abandono a que chegou toda aquele espaço, fundamentalmente a casa, conforme as variadas imagens colocadas neste post.
Nos últimos anos o gradeamento, portais de granito e outros materiais (interior e exterior que se desconhece) terão sido levados por meliantes, que por um mero "euro" fizeram desaparecer a história de uma casa com 150 anos de existência.
Há muitos anos que não era possível admirar toda a casa, em toda a sua envolvente, e só possível, agora que se encontra a ser limpa (?).
É uma casa registada como património de interesse municipal, que embora registada em regime de P.D.M., e como tal, nunca ou ninguém, por parte da autarquia, terá promovido qualquer acção em a preservar.
Há conhecimento de estudos e intenções sobre a mesma, embora com esta limpeza questiona-se o motivo por que levaram a tal feito. Será que a venderam? Haverá outros investimentos subjacentes por detrás destas limpezas ou outras intenções? Desconheço!
Propunha às entidades e agora com os financiamentos provindos da Europa, com possibilidades a candidaturas que o estado ou a própria autarquia tomassem a iniciativa de resolver este problema, na preservação de um espaço de interesse patrimonial e concelhio, com a seriedade que merece, através de uma solução rápida e urgente para a sua preservação da história deste local e deste imóvel edificado.
Claro, que nas condições a que se encontra a casa tal recuperação se tornará impossível, mas o seu restauro e com uma mudança de utilização para aquele edifício patrimonial, seria razoável e em tempo útil de se conseguir manter as suas paredes e retirar pormenores e características dos materiais e revestimentos nele usados.
Apresenta-se um conjunto de fotos de modo a permitir visualizar o seu actual estado e alimentar uma réstia de esperança de que algo irá acontecer de positivo. Assim seja!
Possível limite da actual quinta
Vista do google maps
Nos últimos anos o gradeamento, portais de granito e outros materiais (interior e exterior que se desconhece) terão sido levados por meliantes, que por um mero "euro" fizeram desaparecer a história de uma casa com 150 anos de existência.
Há muitos anos que não era possível admirar toda a casa, em toda a sua envolvente, e só possível, agora que se encontra a ser limpa (?).
É uma casa registada como património de interesse municipal, que embora registada em regime de P.D.M., e como tal, nunca ou ninguém, por parte da autarquia, terá promovido qualquer acção em a preservar.
Há conhecimento de estudos e intenções sobre a mesma, embora com esta limpeza questiona-se o motivo por que levaram a tal feito. Será que a venderam? Haverá outros investimentos subjacentes por detrás destas limpezas ou outras intenções? Desconheço!
Propunha às entidades e agora com os financiamentos provindos da Europa, com possibilidades a candidaturas que o estado ou a própria autarquia tomassem a iniciativa de resolver este problema, na preservação de um espaço de interesse patrimonial e concelhio, com a seriedade que merece, através de uma solução rápida e urgente para a sua preservação da história deste local e deste imóvel edificado.
Claro, que nas condições a que se encontra a casa tal recuperação se tornará impossível, mas o seu restauro e com uma mudança de utilização para aquele edifício patrimonial, seria razoável e em tempo útil de se conseguir manter as suas paredes e retirar pormenores e características dos materiais e revestimentos nele usados.
Apresenta-se um conjunto de fotos de modo a permitir visualizar o seu actual estado e alimentar uma réstia de esperança de que algo irá acontecer de positivo. Assim seja!
Vista sudeste
Vista sudeste
Vista sudeste - fachada principal
Vista nordeste
Vista noroeste
Vista sudoeste
Vista de entrada lateral
Pedra de Armas - fachada
Fonte com monograma
Interior da fonte também com monograma
Tanque de água e fonte
Lagar em pedra
Restos de pedras e cumes
Casa de apoio
Para concluir, valerá a pena visualizar uma reportagem editada no youtube acerca desta casa no estado a que se encontrava antes da limpeza (imagens atrás apresentadas):
Fontes, consultas e documentos retirados de:
http://epl.di.uminho.pt/~ritafaria/MEC/instanciaConceito.php?conc=Pessoa&id=254
http://manueljosecunha.blogspot.pt/search/label/Bras%C3%B5es%20-%20Valongo
http://geneall.net/pt/nome/54026/antonio-martins-de-oliveira-1-visconde-de-oliveira-do-paco/
http://olhares.sapo.pt/casa-do-visconde-de-oliveira-do-paco-foto7623621.html
http://www.cm-valongo.pt/noticias/noticias/valongo-de-outros-tempos-maio/2805
http://manueljosecunha.blogspot.pt/search/label/Bras%C3%B5es%20-%20Valongo
http://geneall.net/pt/nome/54026/antonio-martins-de-oliveira-1-visconde-de-oliveira-do-paco/
http://olhares.sapo.pt/casa-do-visconde-de-oliveira-do-paco-foto7623621.html
http://www.cm-valongo.pt/noticias/noticias/valongo-de-outros-tempos-maio/2805
Esta reportagem está muito bem feita. Vi também o video no youtbe e mostra o estado de abandono. Hoje passei lá e fui fotografar o edifício que infelizmente está ainda em pior condições. A vegetação está novamente a apoderar-se da casa de um grande benemérito. É uma injustiça o imóvel continuar a cair aos pedaços. Que falta de respeito deixar ruir a casa de um homem de grande coração. Uma vergonha para a autarquia.
ResponderEliminarPassei lá ontem e quase não se vê a casa e toda a sua área, realmente é uma pena tão belo património estar no Estado degradante que se encontra .
ResponderEliminarinteressante o relato - e triste o fim de uma propriedade tão bonita. Cheguei via internet nas paragens de Sobrado depois de muita pesquisa - um antenado Manoel Ferreira Martins dos Santos nasceu e ali na igreja de Santo André foi batizado. Ele imigrou para o Brasil e la faleceu. Ainda estou pesquisando sobre a historia dos outros irmãos. Nào acredito que os dois Martins tenham alguma ligação mesmo nascidos na mesma freguezia - dos meus da terram nasceram e para terram tornaram, sem titulos nem propriedades. Fiquei com vontade danada de vir a Valongo. Assim que der vou. Parabéns pela pagina culturalmente interessante. Seria tão bom poder preservar!
ResponderEliminarParabéns Eng. Manuel Cunha. Interessante trabalho sobre o Palácio do Visconde de Oliveira do Paço em Sobrado - Valongo
ResponderEliminarObrigado, Arqº. Couto Ferreira. Ainda tenho outro post relacionado com ele e relativo ao parque em frente à igreja.
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