Exemplos de Papel Moeda ou Cédula de Papel retirados de vários sites e blogues
PAPEL MOEDA em Portugal - 1ª Republica
Portugal nos seus
quase 900 anos de existência sempre viveu em constantes instabilidades
económicas. A moeda sempre existiu e sempre serviu de moeda de troca nas
transacções e negócios. Poderia ter sido um Pais estável, pois desde o inicio
da sua existência que promoveu a expansão territorial interna e posteriomente com
a expansão internacional através dos descobrimentos tornando-se num forte País comerciante.
Neste período
áureo poder-se-á dizer que ou investiu ou gastou e nunca juntou. As riquezas
trazidas de toda a parte do mundo serviram os interesses da época e sempre
utilizada para a má gestão, pessoal, do País e suas colónias.
Já no séc. XIX, o
Brasil foi a nossa bolsa financeira com os Torna-Viagens que permitiram trazer
muita riqueza e com eles investir num Portugal carenciado e pobre.
Exemplos de Papel Moeda ou Cédula de Papel emitidas por Câmaras Municipais
Com a entrada do
séc. XX e com a Primeira Republica, a instabilidade politica é permanente, e a
Grande-Guerra complementou-a e juntou-se à desordem social, económica e financeira. Com a
implantação do novo regime, surgiram alterações monetárias, isto é, instituiu-se
uma nova unidade monetária e modificaram-se os títulos das moedas, o seu peso e
a liga, sendo tudo de forma a evitar-se qualquer alteração do seu valor real.
Em 22 de maio de
1911, através de Decreto-Lei, foi adoptada como unidade de cunhagem monetária,
o escudo (divisível em 100 centavos), moeda de ouro equivalente ao antigo
décimo de coroa, com o valor de 1000 réis, e que só apareceu como ensaio.
Do mesmo modo,
existiram moedas de 5 escudos, de ouro, de 1920, que não chegaram a entrar em
circulação.
Exemplos de Papel Moeda ou Cédula de Papel emitidas por Câmaras Municipais
Nos últimos anos
da Primeira Republica, a situação económica era tão desesperada e tão má, que o
poder de aquisição do escudo (1000 réis) começou a degenerar e a moeda
metálica, cujo valor intrínseco ultrapassava o nominal, desapareceu de
circulação.
Na década de 20, com esta crise monetária, o País sentia
a necessidade de dinheiro corrente e de baixo valor, indispensável a pequenas transacções, que não havia. A elevada
inflação fez com que a moeda se desvalorizasse de tal forma que o "metal
de uma moeda era mais valioso do que o seu valor de rosto".
A necessidade da pequena moeda de troca, a partir de 1914, o governo autorizou a Casa da Moeda a emitir cédulas que se destinavam a substituir as moedas de cinco, dez e vinte centavos, verificando que esta medida não era suficiente acabando por permitir a autorização da emissão desse papel por parte das câmaras municipais dentro da área dos respectivos concelhos, generalizando-se com a emissão por parte de outras entidades.
Em 1923, a inflação era de 1.720 %, o País com uma dívida
milionária e ainda dívidas de guerra por pagar, o escudo valia tão pouco que
efectivamente compensava guardar as moedas pelo valor metálico que tinham.
Exemplos de Papel Moeda ou Cédula de Papel emitidas por Câmaras Municipais
Surgiu como pratica generalizada, pela sua necessidade, e fora do
âmbito da Casa da Moeda, o recurso por parte de muitas câmaras municipais,
Misericórdias, entidades publicas e até por entidades privadas, à emissão de
notas e títulos com valor monetário, servindo de uso interno nesses concelhos,
por forma a evitar a utilização da moeda, já inexistente, designando-a de
"cédula de papel" ou "papel moeda".
Estas emissões eram clandestinas e ilegais, mas
autorizadas pelo Estado, circulavam livremente e eram aceites como de dinheiro
se tratasse. Assistia-se ao "entesouramento das moedas, que refundidas por
particulares rendiam acima do valor do seu rosto".
Como a metal não existia e a escassez era tanta, o papel
era o elemento básico para a sua concretização. A moeda papel fabricava-se em
formato pequeno, de valor determinado e artisticamente bem trabalhado, e
transformava-se em verdadeiro dinheiro regional.
Exemplos de Papel Moeda ou Cédula de Papel emitidas por Misericórdias e entidades privadas
Em regra estas moedas-papel continham um valor entre um e
cinco centavos, por vezes até de maior valor e perduraram entre os anos de 1917 a 1925, tendo já o governo
proibido a sua circulação em 1924, mas só após a revolução de 28 de maio de
1926 é que começaram a desaparecer definitivamente com a emissão em massa, de
moeda de pequeno valor.
Este processo iniciado durante a guerra foi utilizado,
dentro dos seus espaços territoriais de 178 concelhos do País, sendo que Lisboa
e Porto não seguiram esta pratica.
Esta mudança de tipo de moeda sofreu num espaço de cerca
de 40 anos a uma inversão de 180 graus, isto é, se em 1890 mais de 90% das
transacções eram feitas em metal, em 1925 faz-se em papel em 99% da sua
circulação.
Informação e fotos retiradas em sites e blogues que agradeço, destacando-se:
https://auren.blogs.sapo.pt
http://www.mediotejo.net
http://observador.pt
http://observador.pt
http://bomdia.eu
https://solpaz.blogs.sapo.pt
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