Foto pessoal
José Vicente da Silva (1896-1986), natural de Baltar, proprietário de vários terrenos na serra do Muro, no Concelho de Paredes, descobriu há muitos anos esta "ponte de lança".
Pelas suas conversas, à época, ter-se-à deduzido que terá sido encontrada entre os anos 50 e 60 e por desconhecimento e falta de informação não deu grande importância à peça.
Dizia que era uma peça dos tempos dos "mouros" e pouco mais. Um dia a peça voltou à ribalta pelo facto de que o alambique em que produzia bagaço decidiu deixar de o fazer e foi neste espaço que seus familiares recolheram a peça, pois estava a servir de cabide.
Pelas suas características a "ponta de lança" aparenta ser do período do - bronze final e estará ligado a um Castro existente na serra do Muro, composto por uma linha de muralha, fechada e erguida nas vertentes da serra, ao longo de um perímetro de cerca de 4.200 m, construída em pedra aparelhada solta, com largura média de 3.80 m e podendo atingir altura de mais de 3.0 m.
Este Castro tinha um carácter defensivo pois a sua implantação situa-se no ponto mais alto da região permitindo uma visibilidade de grande alcance e para várias orientações.
Foto pessoal
A peça, com cerca de 15 cm de dimensão, foi nestes últimos anos objecto de interesse arqueológico por parte de técnica da autarquia de Paredes, Dr.ª Maria Antónia, arqueóloga de formação, e que por diversas vezes lhe foi permitida servir-se desta peça para estudos e análise.
Recentemente foi elaborado um estudo mais profundo por uma equipa especializada do qual resultou um documento que pormenoriza com mais exactidão pormenores e detalhes desta peça que se aponta como rara e única na Península Ibérica.
Por autorização desta técnica é permitida a apresentação do documento e que se expõe:
Boa tarde, Parabéns pela divulgação deste achado histórico no concelho de Paredes.
ResponderEliminarPena é, que a autarquia Paredense não crie uma partilha / colaboração com o público, na página da Câmara, para que este, possa, sempre que tenha uma notícia histórica divulga-lá através dessa partilha.
Bem haja!
Obrigado pela sua opinião. De facto há muitos concelhos que não valorizam o património material e imaterial, os topónimos, artes antigas, culturas locais, etc... infelizmente!
ResponderEliminarPosso dizer-lhe q haveria muito a divulgar.
ResponderEliminar